Seguindo o conselho do pai, Helena não perdeu tempo. Naquela mesma tarde, ligou para Adrian e o convidou para acompanhá-la ao evento. A animação tomou conta dela quando ele aceitou sem hesitar — e, logo em seguida, o nervosismo a invadiu. Fazia tempo que não se preocupava tanto com o que vestir.A festa seria dali a dois dias, e Helena se lançou na missão de encontrar o vestido perfeito. Caminhou por várias lojas, experimentou inúmeras opções, mas nenhuma parecia transmitir exatamente o que queria. Não era apenas uma festa — aquele convite soava quase como um recomeço. Além disso, ela voltaria a ver sua antiga professora de música, uma amiga próxima de sua mãe, e isso tornava tudo ainda mais simbólico.Na noite do evento, o nervosismo se intensificou. Helena estava parada diante do espelho, observando o próprio reflexo. Seus dedos brincavam inquietos com o colar que escolheu, e por um instante, ela quase não reconheceu a mulher que via ali.— Hoje é uma nova etapa na minha vida. Eu te

Alexander ainda ficou parado por mais um tempo, imóvel, olhando para aquela imagem.— Isso não pode ser, é apenas uma coincidência — murmurou, tentando se convencer — Não pode ser a mesma pulseira.A negação foi a primeira reação de Alexander, que não conseguiu evitar que as palavras de Helena viessem à sua mente; a afirmação de que a pulseira era dela repetiu-se em seus pensamentos, e ele se virou, olhando em direção ao salão, seus olhos procurando por ela.Ele começou a caminhar, ignorando as pessoas ao redor e até mesmo Isabelle, que o chamou. Alexander precisava falar com Helena, talvez, quem sabe, exigir alguma explicação. Ele a avistou ao lado de Adrian, conversando sorridente com mais algumas pessoas, e parou seus passos.O sorriso de Helena chamou sua atenção, e mais uma vez ele se deu conta de que, enquanto estavam casados, poucas vezes tinha conseguido ver um sorriso como aquele.— Agora ela parece mesmo feliz.Alexander fez aquela observação para si, mas, antes de continuar

Todos encaravam Beatrice, alheios ao fato de que sua apresentação havia terminado, tão absortos estavam na discussão. Beatrice mantinha os olhos fixos em Helena e, diante do silêncio, repetiu a pergunta:— Então, Helena, a música que você tocou foi mesmo composta por você?A animação em sua voz era evidente, mas Helena não teve chance de responder.— Provavelmente ela pegou de outra pessoa — interrompeu Alexander, atraindo todos os olhares. — Em todos os anos em que estivemos casados, ela nunca compôs nada.Aproveitando a atenção de Beatrice, ele tentou destacar Isabelle.— Isabelle, por outro lado, faz isso desde a escola. Ela toca violino divinamente, e se você a ouvisse, garanto que…— Como você tem a coragem de dizer que a música não é minha? — cortou Helena, a voz carregada de indignação. — Eu compus essa música antes de cometer o erro de me casar com você. E, durante nosso casamento, já esqueceu que foi você quem me proibiu de tocar? Ou que quebrou o violino da minha mãe?As pal

Adrian ficou surpreso com a atitude dela, mas não se esquivou do beijo. Pelo contrário, retribuiu com entusiasmo. Começou de forma leve, mas logo se intensificou, até que, nesse momento, Adrian interrompeu.O beijo foi bom e só confirmou o quanto ele se sentia atraído por ela, mas não se sentia bem em prosseguir, sabendo que escondia coisas dela. Helena o encarou, intrigada, sem entender o motivo de ele ter parado.— Você é casado? — perguntou ela, direta.— Não, Helena.— Noivo? Namorada? Ou algo que justifique essa reação? — insistiu Helena, buscando uma explicação.— Eu não tenho ninguém. Não é por isso que parei — respondeu ele, com a voz baixa.Helena refletiu por mais um instante sobre todas as possibilidades, mas decidiu deixar claro que não se arrependia do que fez.— Helena, eu... — começou Adrian, hesitante.— Não vou me desculpar pelo beijo — interrompeu Helena, com firmeza. — Se não queria, por que deu todos os sinais e retribuiu? Adrian, eu vejo nos seus olhos que você qu

Adrian se posicionou entre as pernas de Helena, capturando a expectativa ardente em seu olhar. Ele abriu a embalagem do preservativo sob os olhos curiosos e famintos dela, que mordeu o lábio inferior enquanto ele o colocava, cada movimento carregado de tensão.— Me diz, Helena, o que você quer que eu faça? — perguntou, a voz rouca, com um tom provocador que deixava claro que ele sabia exatamente o que ela desejava.Helena ainda vibrava com o prazer que Adrian lhe proporcionou. Em outra circunstância, talvez se sentisse constrangida de expressar certas palavras, mas ali, com ele, se sentia despida não apenas de roupas, mas de qualquer traço de pudor.— Me fode e me faz delirar de prazer — pediu, a voz carregada de ousadia, enquanto sua buceta pulsava de excitação ao pronunciar aquelas palavras em voz alta.Não foi só Helena que reagiu ao pedido. Adrian sentiu seu corpo responder, o desejo pulsando intensamente em sua ereção que ele segurava. Ela estava irresistível, deitada nua na cama