De volta ao hospital, Henrique pagou o taxista dando quase o triplo do valor e pediu desculpas pela forma que agiu.Lá dentro ele fez Nádia sentar e pegou Martim em seus braços, indo ao bebedouro e voltou até ela com um copo de água. Ele entregou a água e ela bebeu tudo e mirou seu olhar para ele.— Obrigada!— Não tem que agradecer, está mais calma?— Um pouco. Sua vida é sempre assim?— Assim como? — Ele sentiu Martin pegando em sua orelha e sorriu para o pequeno em seu colo.— Um caos constante.— Só oitenta por cento do tempo. — Ele disse sério e ela deu um meio sorriso.Nádia estava começando a ver um outro lado de Henrique, um lado mais humano e diferente do que ela achava conhecer. Ela sempre ouviu histórias horríveis sobre ele e a família, ela sabia muito bem como era esse mundo e queria expor a todos, para que tudo isso um dia acabasse.O diretor do hospital aparece caminhando com o médico até Henrique, lhe informando que a ambulância já estava pronta e Nana já poderia ser tr

Ao chegar na pousada, ele e Nádia entraram e foram até a recepção, que estava aparentemente vazia. Ele tocou o sino em cima do balcão e logo uma senhora apareceu sorridente olhando-os.— Boa noite jovem casal, sou Ana, dona na pousada, sejam bem vindos.— Boa noite Senhora Ana, sou Henrique, preciso de dois quartos.Ana o olha surpresa, e sua expressão demonstra certa curiosidade, vendo o casal ali a sua frente e pedindo dois quartos.— Dois quartos? Um casal tão belo e jovem e já estão brigando?— Ah, não. Não somos um casal. Ela é... apenas...— Boa noite Ana. Somos apenas amigos. — Nádia diz sorrindo e Henrique a olha quieto.— Oh, sim, entendo. Porém infelizmente estamos cheios, tenho apenas um quarto, ele está com alguns pequenos problemas, mas estou vendo que estão com um bebê e como são amigos... — Ela pausa pensativa. — É, acho que vai dar.— Não tem nem um quarto de empregados? Ela pode dormir lá.— Ah claro, muito legal da sua parte Henrique.Ele revira os olhos e Ana sorri

Quando voltou ao quarto, Nádia já estava deitada na cama, aparentemente dormindo. Henrique se vestiu apenas com a boxer e deitou na cama, deixando Martim entre os dois. Assim que ela ouviu a respiração pesada de Henrique, ela abriu os olhos o espiando, seu coração ainda batia acelerado pelo que aconteceu, ela sentia algo por ele, desejo, talvez até um pouco de admiração pelos atos recentes que estava vendo ele fazer, mas por ele ser um mafioso, um homem perigoso, ela não achava certo ficar com ele. Também se dado ao fato de que ela seduziu e se entregou seu irmão Gael para tentar tirar informações. O que ela viraria? Uma qualquer? Uma mulher fácil que sai por aí com o primeiro homem que aparece? Não, não dá pra ser assim.Ela respirou fundo e virou de costas, ficando bem na beirada da cama, tomando cuidado com Martim.Pela manhã Martin acordou mexendo no rosto de Henrique, pegando em seu nariz e rindo com seus poucos dentinhos na boca. Henrique abriu os olhos e não tinha como não sorr

Ao chegar na mansão, Henrique foi direto em direção as escadas, precisava ver Martim, já que ele havia o deixado com Nádia, a sua única opção no momento.— Henrique. — Giusepe o chama, fazendo ele parar no quarto degrau e se vira olhando para Giusepe que continua.— O que quer com os demais que pediu que ficassem? Disse que queria falar com todos.— Sim, eu disse, mas mudei de ideia, após o jantar vou informá-los de minha decisão.— E quanto a Lana?— Ela está com Felippo, ele como sabe é de minha total confiança, acredito que ele a tenha levado para esfriar a cabeça.— Espero que não seja da forma que ele esfria a cabeça dele, indo a boates e bebendo.— Se for, ela é maior de idade e sabe o que faz.Henrique já estava ficando irritado com o jeito de Giusepe, já o olhando agora mais sério que o normal.— Quero ela na Itália, para ontem.Isso foi a gota d'água para Henrique, que desceu os degraus e foi até Giuseppe ficando cara a cara com ele.— Quem você pensa que é Giusepe? Coloque-

Henrique e Lana olhavam para Giusepe e ele soltou o braço dela.— Vá com ele, escute o que ele tem a dizer. — Pede Henrique e Lana faz uma careta para ele e vai na direção de Giusepe.— Te ouvir não significa que eu o aceito como pai e o aceito na minha vida, entendeu? — Ela diz séria, o encarando de braços cruzados.Henrique sorri com o jeito de Lana, novamente pensando que Lena jamais falaria assim com Giusepe. Ele vai para seu quarto, ainda estava extremamente cansado. Ao ir até a sacada para fechar a cortina ele vê Nádia sentada na beira da piscina com os pés para dentro. Ele se lembra das palavras de Lana e se sente culpado, ela devia realmente ter ficado chateada. Henrique respira fundo e sai do quarto, indo em direção a piscina, ele deveria deixá-la lá, mas se sentiu tremendamente incomodado em vê-la ali sozinha. Ele se aproxima e senta ao lado dela, mas sem pôr os pés dentro da água. Nádia nem sequer o olha, mas Henrique pôde ver que as lágrimas escorriam silenciosas pelo ros