O alarme gritou no ar, e eu gemi. Eu achava que dava para dizer com segurança que eu era uma coruja noturna. Eu só queria virar para o outro lado, mas tinha que me preparar para a aula.Aula.Ugh. Eu estava animada, mas também com medo.“Hoje você vai descobrir quem é o professor secreto.” A voz de Nix soava empolgada.— Por que você está tão empolgada? — Bocejei tão grande que minha mandíbula estalou. Sentei-me e me espreguicei.“Não sei. Ela está agitada desde ontem à noite. Eu a distraí para você conseguir dormir.” A voz de Megan estava cansada.— Nix?“Alguém está vindo. Não sei quem, mas é importante.” Ela arfava. Era como se estivesse correndo dentro da minha cabeça.“Ela está mesmo fazendo isso.” Megan respondeu, também bocejando.Ri enquanto me levantava e ia até o banheiro. Hora de me aprontar. Tomei o banho, sequei o cabelo e voltei para o quarto para escolher minha roupa. Fui passando as peças até pegar uma calça jeans simples. Peguei também uma regata preta. Me ves

Me sentei no fundo do auditório. Coloquei minha mochila no colo e tirei meu computador. Quando ele começou a ligar, tirei meu caderno e tomei um gole do meu café. Quase gemi ao tomar o primeiro gole quando a cafeína atingiu meu sangue.Esperei, tomando meu cappuccino de baunilha francesa, enquanto o resto da turma entrava. Fiquei no celular, esperando pelos últimos minutos antes da aula começar. Nix e Megan estavam de vigia, então quando o homem se aproximou de mim, não me assustei.— Com licença? — A voz dele era profunda, mas eu já tinha ouvido vozes mais profundas. A voz do Rei passou pela minha mente. Era a voz mais grave que já ouvi. Só de me lembrar, minha pele se arrepiou. Me arrependi de não trazer um casaco.— Sim? — Olhei para cima do celular. O homem na minha frente era alto, musculoso e razoavelmente bonito. Tinha cabelos castanhos e olhos cor de chocolate, com um sorriso perfeito. Sorri de volta e esperei.— Posso me sentar aqui? — Ele apontou para o lugar ao meu lado

Olhei ao redor da sala e todos aqueles homens estavam de bruços. — Que porra é essa? — Ouvi que alguém sussurrou, mas rosnei. Esses malditos homens me forçaram a perder o controle. Agora eles tinham que lidar com as consequências.— Alfa Amy... — Gamma Charles começou, mas eu me virei para ele e marchei até a frente. Eu nem estava usando todo o meu poder. E estava me certificando de que eles não estivessem sentindo dor, mas eu já estava quase sem me importar.— Gamma Charles, vou precisar que fique quieto por um minuto. Por favor e obrigada. — Retirei um pouco do meu poder para que todos pudessem se sentar sobre os calcanhares. — Agora. — Virei-me para a turma como se fosse a professora. Apoiei-me na mesa e cerrei os punhos. — Eu estava tentando ser legal. Mas vocês passaram dos limites.Um cara gaguejou um pedido de desculpas. — Por favor, nos perdoe.Mas eu apenas balancei a cabeça. — Já passamos disso, Greg. — Finalmente me virei para Caleb, que me lançava um olhar fulminante. —

Ela respondeu com um grito provocante ao lobo gigante, e eu apenas gemi.— Nix, por que está fazendo isso?— Porque, se ele quiser meu nome, vai ter que provar que o merece. — Ela soltou uma risada abafada. — Qualquer homem que quiser qualquer coisa de mim, daqui para a frente, vai ter que lutar por isso.Imagens da minha vida anterior passaram como um relâmpago pela minha mente. Nix estava certa. Eu havia entregado tudo a Brandon, perdoado cada falha, e ele me matara, junto com o nosso bebê.— Você está certa.— Eu sei.Nix deixou escapar outra risada abafada. Estávamos distraídas quando o lobo cinzento irrompeu dos arbustos na nossa direção. Nix rolou para o lado e se pôs de pé num piscar de olhos, partindo numa corrida frenética. Ela lançou um olhar por cima do ombro e uivou antes de descer a margem de um riacho estreito. Saltou sobre a lâmina d’água e subiu até o outro lado.Ela avançou por entre a vegetação cerrada, depois se enfiou sob as raízes expostas de uma árvore robusta. Ag

Ele me fitou com um sorriso discreto.— Só posso presumir que alguns de vocês já entenderam. Sim, eu era aquele Rowan. E sim, eu era o rei. Mas não, vocês não precisavam me chamar de rei. Na verdade, eu preferia que não o fizessem. Pelo menos em sala de aula. — Ele piscou, virou-se para o computador, ligou o projetor, conectou os dois e, por fim, voltou-se para nós enquanto o sistema terminava de inicializar. — Mas há algo que preciso fazer.Ele liberou a própria aura, e ela nos atingiu como um golpe seco. Foi a primeira vez que senti o poder de alguém a ponto de precisar lutar para permanecer de pé. Ele observou todos caírem de joelhos, menos eu. Mantive-me em pé por um instante além do aceitável. Os olhos dele se arregalaram, e ele lançou sobre mim ainda mais poder. Pisquei de volta e me ajoelhei, apenas para manter as aparências. Ele fez um leve aceno de cabeça, em sinal de aprovação, e caminhou até a frente da sala.— Como estou aqui apenas para esta aula, não quero que saibam que