Eu fechei meu computador e o guardei na mochila. Todos os outros estavam fazendo o mesmo. — Amy, pode esperar um minuto? — Rowan chamou, e eu quis gemer de frustração, mas apenas assenti e permaneci no meu lugar. As pessoas passaram por mim, e algumas pararam ao lado da minha mesa. — Amy? Eu levantei os olhos e encontrei o gamma do início da aula, Steve. — Sim? — Nós só queríamos nos desculpar pelo que aconteceu mais cedo hoje. Fiquei chocada. — O quê? Steve apenas riu. — Não somos tão burros a ponto de não perceber que falamos sem saber toda a história. Julgamos você sem entender pelo que teve que passar ou as decisões que precisou tomar. Desculpe por tirar conclusões precipitadas e por ter te chamado daqueles nomes. Os outros dois assentiram. — Nós também sentimos muito. Não sabemos ao certo como é liderar uma alcateia, mas sabemos que nosso alfa faz de tudo para nos manter seguros. Provavelmente, ele teve que tomar algumas das mesmas decisões que você tomou,

Eu entrei no refeitório principal, que também funcionava como uma mercearia, e peguei uma cesta. Comecei explorando a parte da loja com calma. A mini geladeira que eu trouxe já devia estar na temperatura ideal e precisava ser abastecida. Peguei uma variedade de bebidas: água, refrigerantes, leite com chocolate. Depois, passei para os lanches. Já tinha decidido transformar a prateleira superior da minha mesa em uma despensa para snacks. Peguei bolachas, batatas chips, bolinhos e algumas maçãs e bananas. Em seguida, fui para a parte do refeitório em busca de comida. Algo chamou minha atenção, e me apressei até lá. Eles tinham pequenas caixas de jantares refrigerados. Sushi e frango teriyaki que pareciam absolutamente deliciosos. Peguei algumas caixas. Algumas para o dia seguinte e outras para o jantar daquela noite. Eu estava faminta. A transformação consome muitas calorias, e Nix estava inquieta. Proteína ajudaria com isso. Depois de abastecer minha cesta, fui até o caixa. Esperei a

Eu me virei para olhar para Nina, que estava pálida, cercada pelo grupo de garotas que gritava ao seu redor. Ela tentava reagir, mas era óbvio que tinha perdido o fôlego. De repente, um som alto de aviso ecoou pelo ar. Todos congelaram. Virei-me para Wendy, que mexeu os lábios para formar a palavra “Anúncios”. Eu apenas assenti e me virei novamente para a fila, esperando minha vez de pagar. — Boa noite, estudantes. — A voz do Alfa Vince ecoou pelos alto-falantes, e eu me segurei para não revirar os olhos. — Chegou ao meu conhecimento que muitos estudantes estão afirmando ser eles os responsáveis pela doação ao corpo estudantil. Quero esclarecer alguns fatos para evitar mais conflitos. Virei os olhos arregalados para Wendy, que fez uma careta. — Ele não faria isso. — Murmurei, mas conhecendo Vince, sabia que faria. Ele com certeza tomaria o crédito da doação para Brandon ou para si mesmo. — Quero deixar isso muito claro. A pessoa que doou o dinheiro pediu para permanecer anônima

As semanas seguintes passaram voando. Com as aulas, os treinamentos e as ligações com todo mundo, eu estava insanamente ocupada. A maioria das noites, eu fazia meus deveres, jantava rapidamente e me arrastava para a cama. As ligações entre Rowan e eu se tornaram um evento semanal. Geralmente, no dia em que tínhamos aula, falávamos sobre o que estava acontecendo nas alcateias. Ele me contou sobre os conflitos. Cada vez mais alcateias estavam sendo atacadas por motivos desconhecidos. Mas a alcateia do meu pai era a mais visada. Em uma sexta-feira, recebi uma ligação de Cass. — Ei! Como está sendo a vida de casada? — Honestamente, tem sido incrível. Greyson tem sido muito solidário. — Estou tão feliz por você. — E eu realmente estava. — Você merece o mundo. — Obrigada, mas eu não liguei só para colocar a conversa em dia. — A voz de Cass ficou mais baixa. — Me disseram para não ligar de jeito nenhum, mas como não foi uma ordem direta, acho que Ronnie entendeu o que eu faria. —

Eu saí da aula e fui direto para a floresta. Eu precisava correr. Estava frustrada. Essas últimas semanas tinham sido exaustivas, e eu não sabia por quê. — Claro que sabe. — A voz de Nix parecia divertida. — Não, eu não sei. — Corri o resto do caminho até a trilha na floresta. Eu precisava sentir o vento no meu pelo, a terra sob minhas garras. Megan revirou os olhos para mim. — Sabe, sim. Eu parei bruscamente e joguei as mãos para o alto. — Não, eu não sei! — Gritei, atraindo olhares curiosos de algumas pessoas. Balancei a cabeça e murmurei desculpas antes de continuar correndo. Assim que cheguei à trilha, me transformei em Nix. Ela disparou. Desviou pelas árvores, saltou sobre troncos caídos e deslizou por baixo de arbustos. — Você sabe por que está com raiva. Só não quer admitir para si mesma. — Vai direto ao ponto, Nix. — Rowan. — Megan se sentou sobre as patas traseiras ao meu lado. — Você não o viu nem ouviu nada desde a última ligação. Ele colocou um substituto