Ryan suspirou:- Eu só quis ajudá-la – levantou os braços, com as mãos espalmadas, em tom de defesa – Mas se prefere se defender sozinha, tudo bem! – alterou a voz – Ele dava dois de você.- Ele não faria nada de errado comigo ali, no meio de todo mundo. Eu estava protegida.- Mas que porra! – Esbravejou.- Agora você fala palavrão?- E que mal há nisto?- Este não é você!- Eu cresci, “senhora do país das fantasias”! Sinto muito se não fez o mesmo!- Como se falar palavrões fosse sinônimo de crescer! – ri, com sarcasmo.- Porra! Porra! Porra! – Falou num tom provocante enquanto me olhava.Lembrei do que era a tal porra que ele falava e jamais entenderia porque diziam aquilo para reclamar de algo ou explanar indignação quando significava lit

POV RYANNa hora de ir embora eu estava esperando Tayla quando Davis pôs o braço no meu ombro, me fazendo acompanhá-lo enquanto caminhava:- Venha embora com a gente.- Mas... Vocês não vão no ônibus escolar. – Aleguei.- Claro que não! Nós vamos caminhando e nos divertindo! – Ele piscou – E em breve meu pai vai me dar um carro e então estaremos motorizados. E adeus porra de ônibus da escola! – Vibrou.Olhei para trás. Sabia que Tayla ficaria me esperando. Mas se no intervalo ela percebeu que eu estava com eles, se atentaria ao fato de que talvez tivéssemos ido embora juntos. Ainda assim me senti estranho, como se estivesse fazendo algo errado.No fim, enquanto eu andava com eles pelas estradas de Solidão, me diverti. Falávamos sobre coisas de homens, o que Tayla não entendia. Um dos exemplos eram os palavr&otil

Esperamos mamãe dormir e Sirena foi ao meu quarto e retirou excesso de fios de minha sobrancelha. Quando vi meu reflexo no espelho fiquei satisfeita:- Nunca achei que alguns poucos fios retirados pudessem fazer tanta diferença.- Nem eu! – ela me deu um beijo na testa – Você é linda, Tayla, como ou sem excesso de pêlos.- Poderia me maquiar, Sirena? – Fiz sinal de prece com as mãos.- Infelizmente eu não tenho maquiagem – seu semblante entristeceu-se – Já faz muitos anos que eu não me importo em ficar bonita... – Sorriu, sem jeito.- Você é linda! – lhe retribui o beijo, porém na bochecha – E obrigada.Sirena logo afastou-se e pegou o vestido que Ryan me deu, observando-o:- Isto vai ficar grande!- Eu sei! – dei de ombros – Mas não tenho um vestido legal. Os que tenho... Sã

Assim que cheguei na casa de Davis, avistei inúmeras pessoas. A casa dele tinha dois andares e a música alta dava para ouvir da rua. Conforme fui andando, percebi que conhecia a maioria dos convidados, praticamente todos da escola.Fui cumprimentado por todo mundo, como se estivessem felizes por eu estar ali. Sorri e me dirigi para o interior da residência de construção moderna, bem diferente do lugar onde eu e Tayla morávamos.Não que eu considerasse a casa grande do Rancho Palmer ruim; muito pelo contrário. Era perfeita em sua simplicidade: ampla, mas aconchegante. Embora térrea, sua posição elevada no terreno garantia uma vista deslumbrante, que se estendia por pastos e horizonte. A varanda, que a circundava por todos os lados, era um convite ao descanso: cadeiras de balanço, mesas rústicas, redes preguiçosas e namoradeiras que pareciam guardar histórias de outros

POV TAYLAQuando vi a garota beijar Ryan daquela forma senti uma contração estanha na barriga e dei um passo para trás. Alguém passou correndo e me empurrou sem querer. Acabei batendo em outra pessoa, que derrubou todo o corpo de cerveja na minha roupa.- Foi mal! – Foi a única coisa que o garoto disse antes de sair correndo, pouco se importando em como eu estava de fato.Olhei novamente em direção à escada e vi Ryan contra a parede, enquanto a garota o beijava como se quisesse engoli-lo.- Tayla... Na minha festa! – Ouvi a voz atrás de mim e deparei-me com Davis.Senti minhas pernas estremecerem e queria dizer qualquer coisa... Mas nem um simples “olá” saiu da minha boca.- Vem, vou lhe mostrar a casa. Adorei a surpresa! – ele sorriu enquanto pegava a minha mão, levando-me pelo meio da multidão.Davis sabia meu nome? Sempre soube ou foi Ryan quem falou sobre mim? Eu não conseguia prestar atenção em nada e mal acreditava que Davis Fahy estava segurando a minha mão.Deparei-me com um q