- Você está sendo... ofensiva, Tayla. – Haidee se afastou de Marco, me encarando.- Não estou sendo ofensiva, Haidee. Ofensa é como você me tratou no passado, quando dizia que eu não era mulher para Ryan, que não o merecia. Estou sendo sincera, só isto.Haidee olhou para Marco, esperando que ele dissesse algo que a ajudasse de alguma forma. No entanto o advogado ficou mudo, só observando o que acontecia.- Eu... só estou sendo gentil com Marco – ela explicou – Além do mais... Sirena certamente já está morta!Aquilo sim me atingiu, talvez mais do que qualquer coisa que ela já tivesse me feito. Abri a boca para dizer qualquer coisa, mas minha voz não saiu. O peito ardeu, doeu como se ela estivesse espremendo o meu coração.- Não fale o que não sabe! – Marco deu alguns passos, parando na frente de H

POV RYANAcordei no meio da noite tendo a sensação de ter sido despertado por um grito de pavor. Fui imediatamente para o quarto do menino, abrindo a porta sem sequer bater. Me aproximei da cama, que estava na penumbra, e Lewis dormia tranquilamente com Cheshire sob as cobertas, ao seu lado.Incerto se ele estava bem, pus o dedo na sua narina, para me certificar de que estava respirando. Quando senti o ar morno sendo expelido, me senti mais tranquilo.Saí do quarto, tentando não fazer nenhum ruído para atrapalhar o sono tranquilo dele. Talvez eu tenha sonhado com um grito.Parei na frente do quarto de Aydan e Tayla e cheguei a fechar a mão para bater na porta e confirmar se estavam bem, mas me contive. Não era da minha conta.Fui até a cozinha, tomei uma água, mas continuava inquieto, com uma sensação estranha. Olhei pela janela de vidro e vi a luz no céu, a lua che

Despertei sentindo algo entre as minhas pernas. Mexi-me e dei um salto ao tocar o pau de Ryan endurecido.- Tesão da manhã! – ele sorriu de forma debochada.- Que horas são? – tentei sair da cama, mas ele impediu, agarrando-me com força.- Cinco horas. Ninguém está acordado ainda, não se preocupe. O sol recém está nascendo.- Ryan... eu...- Está arrependida? – a decepção foi visível em sua voz.Não, eu não estava arrependida. Mas como seguir com aquilo? Eu era casada. E tinha uma vida longe de Solidão. Não era possível voltar no tempo e fazer tudo voltar a ser como era antes.Deus, o que eu tinha feito?- Tudo bem se está arrependida! – ele me soltou.- Eu não estou – garanti – Mas... é complicado. E você sabe disto!- Voc&ecir

Estávamos à mesa do jantar, todos conversando. Eu mal conseguia prestar atenção em nada, só pensando no tempo que Haidee havia me dado para contar a verdade a Ryan.Poderia ter sido diferente. Sim, eu deveria ter ouvido Aydan. Mas fiz birra, como uma criança... e agora estava nas mãos daquela mulher que me odiava.Observei-a conversando de forma tranquila, como se nada estivesse acontecendo. Realmente, para Haidee talvez tudo transcorresse bem. Mas não para mim. Seria difícil contar a verdade a Ryan... e sofrer as consequências do meu erro.- Eu nunca imaginei que pudessem haver tantas ruas das Camélias. – Marco observou.- Fora as que não estão no mapa – Aydan palestrou – Porque pesquisei um pouco sobre isto e descobri que ainda tem ruas que ficam de fora dos mapeamentos. Sem contar as que mudam de nome ao longo do tempo.- Engraçado.

Ouvi um grito ensurdecedor e estremeci. A mulher arregalou os olhos e o homem lhe disse:- Vá, eu resolvo aqui.- Quero entrar! – avisei.- Isto é propriedade privada – ele alegou, saindo e me empurrando – Você não irá entrar.- Procuro a rua das Camélias s/nº.- Não é aqui. Como eu já lhe disse, é propriedade privada.- Alguém... gritou. – Aleguei, confusa, enquanto ele me puxava pelo braço, levando-me para fora, em direção ao portão – Não há placas que sinalizem que é propriedade privada.Ouvi novamente gritos e não era de uma só pessoa. Balancei a cabeça, atordoada, sentindo as lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas. Eu sabia que minha irmã estava ali. Eu sentia no meu coração. Foi ali que nossa mãe a trancou, para