Marco me segurou, impedindo que meu corpo encontrasse o chão fétido. Sirena, por sua vez, voltou a tricotar, como se não estivéssemos ali.- Ela... não está nos reconhecendo! – falei, confusa, sentindo as lágrimas tomarem conta de mim.Minha irmã nos olhou de forma breve, estreitou os olhos e sorriu, meneando a cabeça.Marco me levou até a parede, onde me escorei, atordoada. Em seguida seus olhos repousaram sobre ela, com um carinho que jamais imaginei ver na vida. As lágrimas brotavam de seus olhos feito uma cachoeira.Sim, eu vi aquele homem forte, sério, que parecia uma rocha, totalmente quebrado, volúvel e inseguro. Ele andou até Sirena e assim que chegou em sua frente, ajoelhou-se no chão, caindo feito um corpo sem vida. Em seguida abaixou a cabeça e deitou sobre as pernas dela, sem dizer nada.Sirena, por sua vez

POV RYANOlhei para o menino, que tinha o rosto totalmente inchado, mal conseguindo abrir os olhos. Senti um embrulho no estômago e me vi no lugar dele... porque eu sabia exatamente o que Lewis sentia naquele momento... porque eu tinha aquilo também, a alergia aos componentes de vários analgésicos.Lembrei de Davis ameaçando Tayla com relação ao teste de DNA e tudo começou a ficar claro para mim. Não, não seria uma foda com a camisinha estourada que faria Davis ser o pai de Lewis. O menino era meu!Não existia parto prematuro. Não existia porra nenhuma que justificasse ele estar daquele jeito por um analgésico.Engoli em seco. Olhei para Nona, que certamente sabia de tudo. Ela jamais teria armado aquele circo se não soubesse que o menino era meu filho. Quis nos unir. Tentou fazer com que nos conhecêssemos... porque se fosse por Tayla, aquilo jamais acont

- Ah, porra! – senti o suor escorrer frio pelas minhas costas.- Eu quero a minha mamãe! – Lewis gritou enquanto me empurrava – E o meu papai!- Preciso chamar a mãe dele! – avisei, levantando.- Ryan, não me deixa sozinho! – agora ele me queria.Fiquei confuso, sem saber como agir. Percebi o quanto eu conhecia pouco do menino, ou melhor, nada!A enfermeira pediu para a assistente buscar Tayla, que não demorou muito a chegar. Os olhos dela estavam inchados de tanto chorar e imaginei que os meus estivessem do mesmo jeito.Assim que a viu, Lewis se jogou nos braços dela, ainda na maca.- Da outra vez ele não tomou injeção. – Tayla argumentou com a enfermeira.- Realmente, alguns médicos hesitam em dar a adrenalina, por muitas vezes acharem que pode ser só uma alergia leve. Mas não há como prevermos se haver&aacu

- Eu dei antialérgicos para Ravena dormir naquela noite e balancei a cama sozinho, de propósito, só para ver se você ainda tinha ciúme de mim. – me ouvi confessando.Tayla arregalou os olhos:- Infantil!- Eu? – ri, ressentido – Tão infantil que você quis dar o troco na outra noite. E ainda foi me cobrar o fato de eu estar transando com a minha namorada.- Você nem estava transando com ela! Acabou de confessar!- Estamos mesmo parados justo nesta parte? – Aydan questionou – Podemos ir para o ponto crucial?- E qual seria, Aydan? O fato de você estar tendo um caso com o melhor amigo de Ryan sem me contar? Desde quando você me esconde coisas deste tipo?- Nunca escondi – ele explicou para Taylice – Mas eu tinha certeza que se você soubesse que eu estava me relacionando com o amigo de Ryan, faria de tudo para impedir. Porque a

- Nona é a minha vó emprestada. E tem também a vovó Líbia e vovô Conn. Haidee é minha vó? – me olhou, em busca de resposta.- Esta parte a gente finge que não existe. – Pisquei e ele estreitou os olhos, rindo.- Marco... – Sirena apontou para o homem ao seu lado – é seu vô.- Você entende... que Marco é... a pessoa que gostaria de encontrar no Taj Mahal? – questionei a parte verídica da história, que não era alucinação dela.- Sim – ela sorriu e pegou a mão dele – Marco Bonotto! Ele... está vivo! E... não é um sonho! – piscou várias vezes, parecendo que precisava daquele gesto para se convencer.- Você é bonita, tia! – Lewis deu um beijo nela e saiu correndo.- Venha, Sirena! – peguei o braço dela – Fi