- Vadia está tentando dar o golpe da barriga. A mão de Rodrigo só não machuca a minha pele porque Dante o impede. - Nem pense nisso. Já te disse que bater em mulher não é coisa de homem. - Essa vagabunda merece! O senhor não vê que ela armou tudo. - Como eu iria adivinhar que a camisinha iria estourar, idiota? - Tem certeza que esse filho é meu? - Você foi o meu primeiro e único. - Acha que vou acreditar? Transou comigo para se vingar. Você me usou! Esse bebê pode ser de qualquer um. Seguro as lágrimas. - Vamos fazer o teste então. Olha, eu não me importo de ser mãe solo, contudo, seu sobrinho é um monstro. Conta para ele, Rodrigo, que você comprou a casa que eu estava morando. Olho para o ser nojento. - Não tenho emprego e nem casa. Vim aqui implorar pela sua piedade. Nosso filho não tem culpa dos meus erros. Por favor, me ajude. Em seguida, volto a minha atenção para o pai do meu anjinho. - Isso é verdade? - Claro que não, titio. Angélica é uma vagabunda l

Dante No dia seguinte... Nunca tive uma boa relação com Rodrigo. Susan, minha irmã, engravidou de um bandido desgraçado que queria roubar nossa fortuna. Fiz de tudo para livrar a minha irmã desse mau caráter. Mandei investigar e descobri diversos crimes cometidos por ele: assassinato, violência contra a mulher, etc. Graças à minha influência, Leonardo foi preso, condenado à prisão perpétua. Susan estava grávida e muito abalada. Não se alimentava direito. Foi um milagre o meu sobrinho ter nascido saudável, contudo, minha irmã faleceu ao cair da escada. Como estava fraca e debilitada, a queda foi fatal. Nossos pais tinham falecido há três anos, e desde então, fiquei responsável por cuidar dela. Ao jogar as flores favoritas de Susan, prometi que seria um pai para Rodrigo. E, mais uma vez, falhei. Fiquei distante, viciado no trabalho. Aquele menino parecia me odiar. Seu olhar era de desprezo e acusação. Tentei criar um vínculo com a única família que me restou, no entanto, não obtive

Me aproximo. - Ainda pensa na nossa primeira vez? Eu sonho com os seus toques toda noite. Acaricio seu peitoral suculento, que passei a língua quando fizemos sexo. Ele pega na minha mão. Seu olhar, que antes era de luxúria, agora é de raiva. - Pare de tentar me seduzir. Você é apenas a minha esposa de conveniência. Liberto minha mão. - Então pare de ficar me encarando desse jeito tão irresistível, maldito bipolar. Soco seu corpo, que é duro como uma rocha. - Não entendo a sua insistência. Já não conseguiu tudo o que queria? Tem o sobrenome Montgomery. O que mais quer, porra? Tirar o meu juízo? Diz, irritado, jogando o bombom e pisando nele, como se estivesse pisando no meu coração. Deveria ficar distante dele, ou fugir com o meu bebê, contudo, basta um olhar seu que meu coração otário dá cambalhotas em meu peito. - Dinheiro não compra amor nem felicidade, Dante. Todos podem ver a infelicidade em seus olhos! O que adianta ter um império bilionário se não tem o que de v

Claro que uma mulher chata e amargurada não tem rede social. Procuro na internet sobre Celina Garcia, e não encontro nada. Será que Celina é o nome verdadeiro da megera? Só tem um jeito de descobrir: entrar no ninho da serpente em busca de pistas que revelem quem é essa mulher louca.Fecho o notebook com cuidado. Saio do quarto, desço as escadas e vou para o quarto da víbora. Sei qual é porque a segui ontem. Minha intuição me garante que Celina é pior que o babaca do Rodrigo.O local parece um sótão macabro, com figuras horríveis como pequenas estátuas e velas vermelhas em uma mesa no canto. O que me surpreende: quem diria que a séria e elegante governanta da família Montgomery é uma macumbeira? Observo a frase na parede, dentro de um quadro com letras vermelhas que parecem sangue: "Os pecadores vão queimar".Que a mulher é perturbada do juízo, já sabia. Isso não é novidade. Vasculho as coisas da doida macumbeira, e quando já estava desistindo, derrubo uma caixa grande preta de veludo

Dante Observo Angélica de longe no jardim, com um peculiar pijama de unicórnio, e um pote de sorvete nas mãos. Quando percebo, já estou ao seu lado. - Pimentão com sorvete e azeitona? Pode fazer mal para o bebê. Digo, espantado com a combinação estranha. Pego o pote. - Meu filho não irá passar vontade. Se ele quer comer algo, ele vai comer! Diz, irritada, e pega o sorvete esquisito de volta. Sorrio. A blusa do pijama deixa sua barriga à mostra. - Está cuidando bem da saúde do nosso filho? Sorrio com deboche. - Agora, o filho também é seu... Mas, na hora dos exames, e quando escolho as roupas, decoro o quarto sozinha com uma decoradora que mal conheço. Você não está lá! Onde você está, ogro imbecil, no momento que eu preciso? B**e em meu peito. - Esse bebê não é o que eu queria, Angélica. - Também não esperava, no entanto, é uma parte minha e sua. Trate de aprender a ser um bom pai. De repente, ela faz algo inesperado: pega a colher cheia de sorvete e suja meu pescoço e orel