## CamilaHoje é o dia em que direi sim para o homem da minha vida.— Você arrasou, Rayane — digo para a maquiadora que me maquiou.A maquiagem é delicada e romântica.— Obrigada, senhorita — ela sorri.— Você é a noiva mais linda do ano, Camila. Estou tão feliz que meu menino finalmente encontrou a mulher que tanto procurava — diz Angélica.— Parece um sonho, Angélica. Desde que comecei a trabalhar como copeira na empresa do seu filho, me apaixonei à primeira vista. Eu tinha a certeza de que meu amor nunca seria correspondido, e agora estou grávida de um mini CEO, prestes a me casar com Ricardo — digo, e as lágrimas molham meu rosto. Ainda bem que a maquiagem é à prova d'água.— É realidade, minha nora linda. Quer esperar mais um pouco?— Quero ir agora.Tia Margarida entra no quarto comendo um salgado.— Está muito cedo, Mila. A noiva sempre atrasa.— Eu não vou me atrasar para ser feliz.Eu me levanto. O vestido de noiva não é longo nem curto. O estilo é vintage romântico. Nos meus

Danilo VenturaAcordo antes do despertador tocar, levanto e desligo o aparelho. Sigo para o banheiro, faço minhas obrigações matinais e, após sair do chuveiro, me seco, visto uma roupa adequada para praticar exercícios e calço um par de tênis esportivos que comprei em Nova York.Retiro-me do meu quarto, indo em direção à academia particular da minha mansão.Em seguida, subo na bicicleta ergométrica, um modelo exclusivo que ainda nem foi lançado no mercado. O sobrenome Ventura me dá muitos privilégios.Posiciono meus pés nos pedais e começo a pedalar com agitação.Sem a minha autorização, minha mente imagina o rosto do herdeiro que nunca tive, mas que, estranhamente, estou desejando ter.Volto minha atenção para o painel da máquina, que mostra meu batimento cardíaco subindo. Desço, pego a toalha de rosto e limpo o suor que molhou meu rosto.Vou até o frigobar, pego minha garrafa de água e bebo, dando fim à minha sede.Olho para meu saco de pancadas com a intenção de usá-lo.No entanto,

--- **Luciana** — Tem ideia de quanto custou o carro que o seu pai destruiu? Diz Manuel, o bandido que teve o carro destruído pelo meu pai. — Eu não tenho dinheiro! E, mesmo se tivesse, não pagaria o conserto. Foi ele que quebrou, não fui eu. Digo, apontando para o meu genitor, que está com uma lata de cerveja na mão. — Eu não posso trabalhar, então é você quem vai pagar! — , o único problema que o senhor tem que o impede de trabalhar é a bebida alcoólica. Já ofereci ajuda, mas ele recusa. — Escuta aqui, piranha, seu pai é um inútil! Você tem três meses para me pagar, senão vai trabalhar no meu bordel. Seu corpinho vai fazer sucesso com os clientes. Ele diz com um sorriso nojento nos lábios, tem um pedaço de alface preso nos dentes. dele — Qual é o valor? Digo e solto um suspiro de derrota. O homem gordo e careca me dá um papel. Pego, e meus olhos se arregalam de espanto. Meu Deus, esse valor é uma fortuna para mim. — Se quiser, pode trabalhar no bordel. Mostro o dedo p

*****Sábado, 10h46 da manhã**Olho para a mulher à minha frente que só falta esfregar os seios, quase pulando para fora do decote extremamente generoso.— Quando vamos fazer nosso bebê, gato?— Nunca. Saia e chame a próxima.A mulher se levanta com um olhar furioso.— Não queria mesmo."Eu mereço", digo, afundando os dedos em meus cabelos.Já entrevistei nove candidatas e todas só queriam saber de casamento e romance.Outra mulher entra. Ela usa um vestido transparente e está mastigando um chiclete.— Olá, fofinho, estou louca para ser mãe do seu bebê. Podemos fazer agora mesmo.Suspiro, frustrado.— Saia e diga para as outras que as entrevistas acabaram.— Babaca.Fala e se retira, batendo a porta com força."Nenhuma delas vai ser a mãe do meu filho!", penso. Sinto meu estômago roncar e decido ir para a cozinha fazer um lanche.Ao entrar, quase escorrego por conta do chão molhado. Acabo esbarrando em Luciana, que estava de saída. A água do balde respinga em meu terno.— Ai, meu Deus

---### **Luciana**Danilo foi para a empresa e eu fiquei no seu escritório, tocando os lábios como uma tonta apaixonada.— Que ótimo! Era tudo o que eu precisava: me apaixonar pelo chefe que colocou na cabeça que eu vou ser mãe do filho dele.— Acorda, Luciana! Você é apenas a empregada, nunca será a esposa dele.Começo a limpar o escritório e tento esquecer minha paixão platônica pelo homem que paga meu salário.Após meia hora, meu celular toca e já sei quem é mesmo sem olhar.Reviro os olhos e atendo.— Deixa eu adivinhar, precisa de grana? Só lembra que tem filha para pedir dinheiro.— Eu estou quase morrendo, vagabunda, venha já para cá.A voz dele está fraca.A preocupação me invade. Roberval é um encosto que sempre me coloca no fundo do poço.Mas mesmo assim, me importo um pouco com ele, afinal, é meu pai.Não sou um monstro como ele, tenho compaixão!— Onde está?— No hospital.— Qual?Ele diz o endereço.— Estou indo.Falo e desligo.Aposto que ele não pagou a dívida que esta