Durante meu tempo no convento, não consegui fazer muitas amizades. Em parte, porque estou obcecada demais com o meu objetivo de voltar para casa, e, em outra, porque não consigo me conectar com as moças deste lugar. Mas, para não dizer que sou completamente sozinha, conheci uma menina com quem consigo trocar palavras como “oi”, “o dia está bonito” e “boa noite”. O nome dela é Madeleine, e ela parece ter a mesma idade que eu, por volta dos 17 anos. Às vezes, percebo que ela me olha de rabo de olho, como se quisesse falar algo comigo, mas tivesse vergonha. Não posso culpá-la, estou sempre fechada para tudo e todos que não me tenham alguma serventia. Algumas vezes, me pego pensando que possuo uma personalidade ruim, um pouco distorcida, talvez. No entanto, como eu poderia desejar ser normal possuindo a vida que possuo? Ou tendo um passado como o meu?Termino minha tarefa e vou em direção ao salão principal, pois é hora dos estudos. Assim que começo a andar, Madeleine se põe a caminhar ao
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