Um mês se passou, e a vida parecia ter encontrado um novo ritmo. A terapia de Noah vinha sendo um alívio silencioso, como se cada sessão fosse retirando uma carga invisível de seus ombros. Ele falava mais, ria mais, e, mesmo nos momentos de silêncio, havia uma leveza diferente nele. Não era como antes, quando parecia que o silêncio engolia sua alma.Lucas e Tobi tinham mudado de escola, e a transição havia sido surpreendentemente positiva. Logo depois, Noah e Kaio, empolgados com a novidade dos amigos, pediram também para frequentar a mesma instituição. Conseguir vaga foi mais fácil do que esperavam, já que as escolas estavam sendo compreensivas com os alunos por conta de tudo o que havia acontecido. A mudança trouxe uma nova energia para os meninos, como se o ambiente fresco e cheio de novas possibilidades tivesse reacendido a vontade de aprender, de brincar e de sonhar. Enquanto isso, o café que Jinx e Eduardo abriram se tornava cada vez mais um ponto de encontro querido na vizinha

Quando Eduardo e Phillip sairam do carro e atravessaram a rua, a diferença de atmosfera já parecia evidente. Do lado de fora da casa alugada para a despedida das meninas, era possível ouvir risadas femininas, música alegre, mas nada que soasse exagerado. As janelas iluminadas exibiam sombras dançantes e, de longe, o cheiro de comida recém-preparada chegava até eles, arrancando um sorriso faminto de Phillip. — Eu já gosto muito mais dessa festa só pelo cheiro. — comentou ele, puxando a porta com confiança. Assim que entraram, foram recebidos por um ambiente completamente diferente: a sala estava decorada com balões dourados e brancos, faixas com frases divertidas sobre casamento e mesas repletas de quitutes. Naquele instante, Katherine conversava animadamente com Savannah e Natasha, enquanto Eloise ria alto ao lado de Samantha. No canto, Jinx segurava uma taça de espumante, sorrindo de uma forma tão natural que fez Eduardo sorrir largamente. Phillip foi o primeiro a ser notado. Kath

Eduardo entrelaçou os dedos nos de Jinx e a guiou pelo corredor, agora como marido e mulher. Os convidados jogaram pétalas de flores sobre eles, e Noah, orgulhoso, correu ao encontro dos dois para caminhar ao lado enquanto o trio seguia até a pista de dança montada ao fundo do jardim. Phillip assumiu o microfone para dar as boas-vindas à festa. Sempre sério, mas comovido pelo momento, ergueu a taça. — Hoje não celebramos apenas um casamento. — disse ele, olhando para o irmão e para a nova cunhada. — Hoje celebramos a coragem de duas pessoas que decidiram recomeçar, mesmo depois das perdas, mesmo depois das dores. Eduardo, meu irmão, você encontrou alguém que sabe não só te acompanhar, mas te completar. E Jinx, você trouxe uma luz que nossa família já não sabia que precisava. Os convidados aplaudiram calorosamente, e Katherine enxugou discretamente os olhos. Jason, claro, não perdeu a oportunidade de completar o discurso do seu jeito: — Bom, já que o Phillip falou bonito demais

O sol entrou devagar pelo quarto, filtrado pelas cortinas claras que balançavam suavemente com a brisa do mar. Jinx estava deitada de lado, com os cabelos soltos espalhados pelo travesseiro, e Eduardo a observava em silêncio, sentindo o peito apertado de um amor imenso. Ela respirava calma, quase sorrindo no sono. Eduardo passou a mão pelos cabelos dela, afastando algumas mechas do rosto. Ao sentir o toque, os cílios dela se ergueram devagar, revelando olhos ainda pesados de sono. — Bom dia, esposa… — ele disse, com a voz rouca e baixa, como se fosse um segredo compartilhado só entre eles. Um sorriso despontou nos lábios dela. — Bom dia, marido. Os dois riram baixinho antes de se aproximarem para um beijo preguiçoso, cheio de suavidade no início, mas que logo se tornou mais profundo. Eduardo não conseguia apenas encostar os lábios nos dela, a mão dele já explorava as curvas dela por baixo do lençol, o toque lento se tornava cada vez mais quente. Ela respondeu no início, o

A noite caiu sobre a cidade litorânea com um céu limpo, cravejado de estrelas. A praia, iluminada por tochas e luzes penduradas entre coqueiros, se transformara em palco para um festival ao ar livre. Havia música ao vivo, barracas vendendo drinks coloridos e uma energia vibrante que parecia contagiar todos os casais que passeavam de mãos dadas pela areia. Eduardo e Jinx caminharam descalços até a área principal, onde um palco fora montado, decorado com flores tropicais e tecidos coloridos que balançavam com a brisa do mar. O som de violões se misturava ao riso das pessoas, e o cheiro de comida fresca flutuava no ar. Jinx usava um vestido leve, azul turquesa, que destacava o brilho natural de seus olhos. Eduardo, em uma camisa branca aberta nos primeiros botões e calça clara, parecia tão à vontade quanto raramente alguém o via. Eles pegaram dois drinks na primeira barraca, o dela vinha enfeitado com um guarda-chuvinha rosa e pedaços de fruta; o dele era mais simples, mas ainda re