Era a primeira vez, desde que deixamos meu apartamento rumo à casa - ou melhor, à mansão - de Noah, que eu deixava Aurora sozinha. Eu sei, precisava aprender a confiar na Rosa. Ela cuida da minha filha como ninguém, é óbvio. Mas ainda assim, havia um pino solto dentro de mim, aquele receio silencioso que sussurra nos momentos mais improváveis. Mesmo assim, eu precisava focar. Trabalho. Rotina. Eu estava segura. Estávamos numa casa segura.Passei quase toda a manhã diante do computador, resolvendo pendências, organizando a agenda, tentando impor uma lógica nas rotinas que Noah insiste em desrespeitar. Para ele, tudo precisa ser previsto, avisado com antecedência, certinho como um relógio suíço - mesmo que, na prática, ele deteste seguir esse relógio.Antes do almoço, liguei no restaurante favorito. E, dessa vez, foi quase animador pedir um almoço para dois. Era melhor assim, mesmo que, lá no fundo, eu soubesse que seria melhor manter certa distância. Pelo menos por enquanto. Não ali, c
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