O som dos tiros ecoava no campo de treinamento, seco e ritmado, como uma batida que marcava o tempo da sua fúria. Salvatore andava entre os soldados com o cenho fechado, os olhos como lâminas afiadas. Seu tom de voz era cortante, preciso, e ninguém ousava responder, sequer respirar alto. — Você acha que em campo vai ter tempo pra mirar de novo, soldado? — sua voz retumbou, seca, enquanto se aproximava de um jovem que tremia ao empunhar a arma. — Se hesitar, você morre. E quem estiver com você, também. O rapaz engoliu seco e endireitou os ombros, tentando conter o tremor. Salvatore não parou. Passou por ele como se nem existisse, o olhar fixo nos alvos de papel rasgados pelos tiros. Ele parou diante de um grupo que praticava defesa corpo a corpo. Observou por alguns segundos em silêncio. E então interveio. — Vocês chamam isso de ataque? — Ele lançou o casaco no chão e entrou no círculo. — Venham. Os três. Os soldados hesitaram, mas sabiam o que acontecia quando desafiados. O
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