77. Armação.
Damon ThornEu precisava resolver as coisas na alcateia. O clima de tensão era quase palpável desde que Hart fora sequestrada. A matilha precisava de direção — de um alfa firme. Não podia vacilar, mesmo com o corpo pedindo descanso. Cruzei o território já escuro, recebi reverências frias, alguns olhares de admiração, outros de ressentimento puro.A reunião se formou ao redor da fogueira. Falamos de patrulha, ameaças externas e possíveis traições. Mirella, uma loba sempre solícita, organizava a mesa comunitária — café quente, chá, bolachas. Peguei uma caneca de café, sentindo o amargor estranho. Não reparei quem preparou, mas o frio me fez ignorar qualquer alerta. Mirella passou perto, sorriso demais no rosto.No início, achei que era só cansaço, mas minha cabeça começou a pesar, os sons da clareira viraram ruído abafado. Pisquei devagar, tentando focar nas perguntas dos anciãos, mas as palavras flutuavam, soltas. O cheiro de fumaça parecia tomar conta do ar.Levantei da roda, buscando
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