80. Alfa Thorn
Damon Thorn
O cheiro da mata era forte, molhado de orvalho, mas nada limpava da minha pele o vazio que Hart deixou. A clareira da matilha era viva, mas dentro de mim tudo era silêncio. Alfa. Era isso que eu deveria ser — liderança, força, foco. Mas tudo em mim era Hart, era o nosso filhote, era a ausência.
Eu não podia a culpar. Não podia me culpar. Resumindo: era uma via de mão dupla.
Ela tinha razão de estar com raiva, Caroline já foi traída demais,e eu sabia como era a sensação.
Mas eu precisava resolver isso.
Passei pela roda de anciãos, cada um me cumprimentando com respeito. Mas Jarek, o mais velho, parou ao meu lado, a mão pesada pousando em meu ombro.
“Meu alfa, sua dor é tão clara quanto a luz da lua. A matilha sente quando o lobo sangra por dentro.”
Fiquei calado, a garganta fechada.
Ele falou baixo, só para mim. “Não lute contra o que a deusa une. O amor às vezes não se encaixa,podem ser de mundos diferentes, mas se foi dado a você, é sua responsabilidade protegê-lo. Se dei