Finalmente estavam chegando em Hydra, uma ilha grega pitoresca no Golfo Sarônico.Era a primeira vez que Klaus visitaria. o lugar. Sabia da sua arquitetura tradicional, ruas de paralelepípedos e a ausência de carros, pois o seu pai, um italiano amante das belezas naturais, antes de conhecer sua mãe fez questão de conhecer cada canto da Grécia e lhe contou muitas das suas aventuras, entre elas o fato de ali terem como meio de transporte os burros, devido o lugar ser cercado por colinas íngremes. Assim que o iate ancorou em uma enseada tranquila, Klaus e Alyssa desembarcaram em um pequeno bote.Em terra firme, eles se depararam com as ruas estreitas, repletas de casas coloridas, que pareciam saídas de um conto de fadas, com flores em vasos adornando as janelas. — Amo esta ilha! — exclamou Alyssa, suspirando. — E agora ela vai se tornar mais especial pra mim, pois tenho você ao meu lado para desfrutarmos juntos dessa belezinha.Se ela queria pegá-lo de jeito com as palavras emocionad

KlausEle coçava o queixo de leve, o olhar vagueava para as paredes do restaurante caiadas de branco, emolduradas por vasos de buganvílias vibrantes, as mesas de madeira envelhecida, cobertas por toalhas de linho branco imaculado, estrategicamente dispostas no espaço, até o local de onde avistou Alyssa.De vez em quando, ao sorver o vinho, discretamente olhava para a porta do banheiro feminino. Hilda havia dito que se demorasse era porque havia encontrado Alyssa. Mas o que tanto conversavam? Será que as duas estavam se entendendo? Seria um milagre!Envolto nas suas preocupações, ouviu gritinhos de alegria e num segundo tomou a direção do som inusitado. Seus olhos pousaram em um casal numa mesa próxima à janela. A moça, com os olhos brilhando de lágrimas, segurava as mãos do rapaz, que sorria radiante, exibindo um pequeno estojo de veludo. As pessoas das outras mesas também se viraram, curiosas. Os sorrisos de contentamento por aquele gesto, um prenúncio de um " felizes para sempr

As emoções de Alyssa se assemelhavam a um punhado de areia fugindo entre os dedos. Difícil de segurar.— Você me falou, Klaus, apenas que ele acabou descobrindo sobre nós dois, mas por que não falou do suborno? Com os olhos acusadores fixos em Klaus aguardava uma resposta plausível. Klaus apertou os maxilares. Não gostava de lembrar especificamente daquele assunto, embora as oportunidades no mundo do vinho surgiram por conta do seu desligamento da empresa. Girou o copo de vinho, o líquido rubi imitando a turbulência em seu interior. Ele a fitou de volta.— Eu não sabia como te dizer. Parecia tão absurdo, tão… incrivelmente baixo. Preferi focar no que importava: você. Controlar a raiva, a decepção, o rancor não estava fazendo efeito. Falou num tom firme e baixo:— Em mim? Não seria mais fácil ter falado toda a verdade? — Achei desnecessário fazer isso na época e me arrependo por ter omitido isso também.Ela fechou os olhos por um instante, tanto para pegar fôlego como para apla

A notícia sensacionalista que circulava sobre o "caos Petrakis em Santorini" espalhou-se como uma praga na Grécia. Alyssa só se deu conta disso ao assistir ao video com milhares de visualizações e comentários sarcásticos dos internautas, assim que encerrou a chamada de Saulo. Entre a indignação e a vergonha, enquanto voltava para o hotel, lembrou-se dos comentários mais curtidos. "Alguém me explica como um Petrakis pode ser assaltado e ainda ser motivo de piada? Saulo, você é único!" "Meu Deus, que barraco! a luta dos ex pelo coração de Alyssa Petrakis. Nem vou me arriscar" "A família Petrakis protagonizando o maior reality show em Santorini! Sem dúvida, são um imã para o caos! Preocupada, imaginava a repercussão na família, na empresa. Pior, o efeito desse escândalo para o patriarca, Heitor Petrakis. Se ele fez Damon, o CEO da companhia sair de Atenas para resolver a situação urgente era porque ele devia estar soltando fogo por todos os poros.Estacionou e entrou no hotel apre

( Passado)Klaus A posição dela, a tensão em seus ombros, denunciavam o ciúme. Ele percebeu imediatamente que a ligação com Hilda pesava no ar. Deitou-se ao seu lado.— Amor, para com isso! — Ele acariciou o rosto zangado de Alyssa — Não confia em mim? Alyssa não respondeu, apenas se encolheu mais, como se quisesse desaparecer. Klaus sentiu um aperto no peito. Ele sabia que precisava fazer mais do que apenas explicar. Passou a mão suavemente em seus lábios, desejando beijá-los e aplacar a raiva dela. Alyssa virou o rosto, resignada e fixou os olhos para o teto. Era possível notar que ela estava se segurando para não explodir. Ele precisava reconquistar a confiança dela.— Alyssa... Você é a única que quero e que importa para mim, é sério. Ela voltou a encará-lo. Os olhos ciumentos continuavam confirmando o quanto ela estava chateada.— Será? Você fica todo derretido quando fala com ela e eu não gosto disso! — Como assim? – Aquilo era uma surpresa. — Não mudo o tom de voz