VICTOR*Eu cheguei para buscar a Zoe às nove da manhã em ponto. Eu odiava atrasos, então me certifiquei de ser pontual. No entanto, quem me recepcionou foi a Joyce.Ela surgiu vestida para a academia, com uma daquelas roupas que abraçam o corpo como uma segunda pele, destacando cada curva, cada contorno. Era inegável, ela era uma mulher espetacular, do tipo que chamava atenção onde quer que passasse. Mas não era nem de longe o tipo de mulher que me interessava, não havia conexão, não havia sintonia, não havia nada.— Bom dia, Victor. Como vai? Tudo bem com você? Perguntou ela, com um sorriso aberto e um tom de voz surpreendentemente doce, quase meloso.Foi uma recepção incomum, diferente de todas as outras vezes em que estive ali. Estava claro que ela estava empenhada em mais do que simples gentilezas, talvez uma tentativa de ganhar minha atenção de outra forma.— Bom dia, Joyce. Estou bem, obrigado por perguntar. Onde está a Zoe?— Pedi para ela trocar de roupa. Disse, se aproxima

VICTOR *Eu havia pensado em todas as possibilidades que aquela descoberta acarretaria. Uma das minhas maiores dúvidas era, como eu iria manter um emprego tão bem remunerado tendo um relacionamento com a Zoe, alguém que me foi confiado apenas para ensinar, e não a comer.E como ficaria se o meu chefe fosse justamente o amante da minha esposa?Parecia uma piada de muito mal gosto.Essa mistura de papéis e relações me obrigava a tomar um cuidado imenso com cada uma das minhas escolhas e, mais ainda, com as minhas reações diante de todas elas. Um passo em falso, uma palavra dita na hora errada, uma expressão indevida, qualquer coisa poderia desmoronar tudo de uma vez.E se o Luciano soubesse exatamente quem eu era no momento em que me contratou?Eu queria, do fundo da minha alma, que existisse um jeito fácil de resolver tudo aquilo. Eu não esperava me apaixonar pela Zoe. Também não esperava descobrir que a Brenda estava tendo um caso. Muito menos que o amante dela fosse o homem que me c

ZOE*Entramos no condomínio sem dificuldades. A tal da Brenda não havia cancelado a entrada do Victor, o que me pareceu uma idiotice sem tamanho, vinda de alguém que escondia um amante. Era como deixar a porta da própria desgraça escancarada.— Onde vamos estacionar? Perguntei, observando as placas nas vagas. — Não podemos ficar nas dela.— Vou colocar na vaga de outro apartamento que esteja vazio.— E não vamos ter problemas com isso?— Eu espero que não.A naturalidade com que ele dizia isso me deixava meio desconfortável, mas não questionei mais. Victor encontrou uma vaga livre e manobrou com calma, como se fizesse aquilo diariamente. O som do motor desligando me deixou com o coração acelerado. Até então, tudo parecia uma ideia absurda, mas agora, do condomínio onde talvez meu pai estivesse cometendo a maior traição da vida dele, tudo se tornava real demais.Fomos caminhamos em silêncio até o bloco indicado. Meus olhos se fixaram imediatamente no carro dela, estacionado como prov

Eu nunca fui de falar sobre a minha família. Não por vergonha, mas porque havia algo em mim que sempre preferiu manter certos assuntos guardados a sete chaves. Meus pais me deixaram uma herança considerável, uma segurança que poderia ter mudado o rumo da minha vida há muito tempo. Mas eu nunca toquei naquele dinheiro.Não era por orgulho, tampouco por descaso. Era por convicção. Eu queria ser capaz de construir meu caminho sozinho, sem depender do suor que não foi o meu. Sempre pensei que aquele dinheiro deveria servir para os meus filhos, e não para mim. Talvez fosse minha forma de honrar a memória deles. Talvez fosse apenas medo de me acomodar.Também nunca falei disso com a Brenda. Não sei explicar o porquê. Talvez, no fundo, eu soubesse que aquele casamento não duraria para sempre. Havia algo nela que nunca me passou confiança por completo. Eu ignorei os sinais porque era mais fácil acreditar que estávamos bem. Hoje, olhando para trás, vejo que eu já intuía o fim.Meu pai costumav

VICTOR *Eu não teria problema nenhum em explicar toda a minha história com a Brenda para a Zoe, mas tínhamos pouco tempo.No momento em que atravessamos a porta da casa, meu corpo inteiro clamou pelo dela.Caminhei até o meu quarto, sabendo que ela me seguiria, e enquanto ela olhava algumas fotos, eu a segurei pela cintura, e depois a beijei.Eu tinha pressa, como se o corpo dela pudesse silenciar, mesmo que por alguns minutos, toda a dor que eu estava sentindo.Levantei o vestido dela e o tirei, ela estava sem sutiã, e usava uma calcinha minúscula, como se soubesse exatamente o que iria acontecer no nosso dia.Segurei os peitos durinhos dela, enquanto revezava as lambidas nos bicos de cada um.— Deite na cama, Zoe.Falei, enquanto me apressava para tirar minha camisa, a calça e por fim, a cueca.Fiquei completamente nu, olhando para o corpo de Zoe, na cama, tentando lutar contra a vontade de foder ela, e o certo. O certo seria levá-la pra casa, e deixar que ela tivesse aquele momen