LuísaEu estava sentada no sofá, com o álbum de fotos em mãos, passando as páginas devagar. Montamos aquele álbum juntos, Leonardo e eu, mas ele havia incluído algumas fotos que eu nunca tinha visto. E estavam lindas.Uma delas foi quando fomos ao Canadá, ainda como amigos. Ele ao meu lado, sorrindo. Outra, minha, tomando chocolate quente, com cara de quem estava congelando, mas feliz. Fotos na praia, nossas roupas amassadas e cabelos bagunçados pelo vento, uma do parque, onde ele me abraçava pelas costas. E uma que me pegou desprevenida: eu desenhando no chão da sala, completamente concentrada, nem fazia ideia de que ele tinha registrado aquele momento. Havia também imagens de Londres, nós dois com casacos grossos, de mãos dadas, andando pelas ruas iluminadas. Tudo aquilo me fez sorrir. O álbum tinha ficado incrível. E eu já estava animada pensando nas próximas páginas — as de Belize.Dezembro finalmente havia chegado. Além da viagem, era o mês em que meu coração sempre batia mais aq

LuísaO lugar era simplesmente o paraíso. Tudo era lindo, bem pensado, cada detalhe parecia ter sido escolhido com carinho. Meu lado designer não conseguia desligar, era impossível não reparar na composição dos espaços, nas cores, na iluminação natural que entrava pelas grandes janelas, na escolha dos materiais... Tudo era incrível aos meus olhos.O quarto era espaçoso, confortável, com uma varanda maravilhosa que dava vista para o mar. O hotel inteiro era um sonho — limpo, organizado, com um cuidado especial em cada canto. E a praia… ah, a praia. A água era tão clarinha que parecia vidro líquido, a areia branquinha, sem lixo, sem bagunça, só beleza e paz. Eu me sentia no céu.Era véspera de Natal — o meu feriado preferido no mundo. Eu sempre amei o clima, a energia, o simbolismo, a comida, eu amava.Acordei cedo, mas não tive pressa. Fiquei ali quietinha, deitada, só aproveitando a cama e o calor do corpo dele. Me aconcheguei mais perto, fechei os olhos e inspirei seu cheiro — aquele

LuísaA noite tinha sido maravilhosa. O jantar delicioso, a festa animada, e eu dancei praticamente a noite inteira. Leonardo me acompanhava em tudo — e eu sei, algumas vezes era por ciúmes, ele queria que todos vissem que eu não estava sozinha, que eu era dele. E, para ser bem honesta, eu não me importava nem um pouco. Na verdade, adorava. Estar com ele, ver seu olhar protetor e sentir sua mão sempre firme na minha era melhor do que qualquer pista de dança.Os fogos na praia foram mágicos. As luzes coloridas cortando o céu escuro, o barulho ao fundo e o vento bagunçando meus cabelos enquanto eu sentia seus braços ao redor da minha cintura... Tudo parecia cena de filme, e por um instante, fechei os olhos e agradeci em silêncio por estar ali, com ele.Mas agora, de volta ao hotel, com o som da festa ao longe ficando cada vez mais distante, eu tinha só uma missão: me entregar a ele. Eu ansiava por isso. Pelo toque, pelo cheiro, pelos olhos dele me olhando como se eu fosse tudo. Eu queri

LuísaSobre a noite de ontem? Bom… como posso dizer isso sem corar? Foi maravilhosa. Intensa. Inesquecível. Eu nem sei ao certo quantas vezes cheguei ao meu limite — só sei que, se dependesse de mim, já começaria tudo de novo. Eu estava pronta para repetir a dose.Me levantei com o corpo leve, mas deliciosamente exausto. Tomei um banho rápido, só para despertar um pouco, e vesti uma camisola macia. Fui até a varanda, onde encontrei Leonardo, trocamos nossos presentes de Natal. E, claro, recebi vários beijos e essa foi a parte mais gostosa da troca.Ficamos na cama, nos enroscamos sob os lençóis enquanto esperávamos o almoço. Eu estava faminta — por comida, sim… mas principalmente por ele.Ficamos um bom tempo na cama apenas namorando, trocando carinhos preguiçosos, beijos, conversando. Não havia pressa, era Natal, e tudo ao nosso redor parecia em paz. Depois de um tempo, resolvemos nos levantar, nos trocar e ir almoçar.Assim que chegamos ao restaurante do hotel, meu estômago roncou s

LuísaLeonardo queria fazer um álbum de fotos só meu, me sentia lisonjeada, mas tinha um pouco de vergonha.Quando sai do banho, ele me fotografou, sem roupa, claro que não saiu nada do que não deveria na foto, apenas minhas costas e meu cabelo molhado.Ele se aproximou e secou meu cabelo.— Gosto quando você faz isso... — murmurei, sentindo a toalha deslizar com suavidade pelos meus cabelos.Os dedos dele eram cuidadosos, firmes e ao mesmo tempo gentis, como se cada fio meu merecesse atenção. Aquele gesto simples me aquecia de um jeito difícil de explicar. Era como se ele dissesse, sem palavras, o quanto me amava.— Eu gosto de cuidar de você — ele respondeu, e logo senti seus lábios tocarem levemente minha nuca.Me virei devagar, deixando a toalha escorregar dos cabelos e parar sobre seus ombros. Nossos olhos se encontraram. O olhar dele tinha uma ternura silenciosa que me desmontava por dentro. Sentei-me em seu colo, de frente para ele, envolvendo sua cintura com minhas pernas, me