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Todos os capítulos do Isabella: Capítulo 41 - Capítulo 50
53 chapters
Nosso Refúgio
VIKTOREstamos recebendo os parabéns de todos pelo casamento e pelos nossos gêmeos. E, sinceramente, ainda parece que estou sonhando. Tudo aquilo que um dia achei que não merecia, a vida me deu de presente,através da mulher mais incrível que já conheci. O amor dela, o carinho, os filhos que estamos esperando... tudo.A cerimônia foi exatamente como ela sempre sonhou emocionante, bonita, cheia de significados. Agora estamos na festa, e minha esposa, linda como nunca, está no meio do salão dançando com a irmã... e com o tal Marcello. Ex-soldado dela. Não gosto nem um pouco disso, mas hoje é o dia dela e meu também. Não vou estragar nada por causa do meu ciúmes.De repente, ela me olha com aquele olhar pidão, depois volta a encarar o tal Marcello. Ah não… lá vem.Quando se aproxima, já sei: vai me pedir algo que eu não vou gostar.— Olá, esposa... — digo, puxando-a para um beijo.— Olá, marido... — ela responde com aquele sorriso que desmonta qualquer defesa minha.Ouvir isso, “marido”,d
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O início da última guerra
ISABELLAO esconderijo secreto que Viktor construiu para nós parece saído de um filme de espionagem. A porta de entrada é uma muralha de aço à prova de balas, com uma fechadura eletrônica que só responde ao toque dele ou ao meu. Por dentro, o lugar é de tirar o fôlego: sala e cozinha em conceito aberto, móveis sofisticados, cada detalhe feito para o nosso conforto e segurança.No segundo andar ficam nossos quartos, mas o verdadeiro segredo está no porão. Ali, nossa sala de jogos e cinema esconde uma passagem sob o maior sofá, revelando o coração da fortaleza: um bunker colossal, com espaço e suprimentos para vivermos por dois anos sem precisar sair. É equipado com armamentos de guerra, alimentos , tecnologia e segurança de última geração e até um quarto de criança, com brinquedos e livros esperando por nossos filhos. Viktor pensou em tudo.Na entrada do bunker, um botão vermelho que ativa o protocolo de defesa total: cortinas de aço selam as janelas, grades elétricas energizam todas a
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Um protege o outro
ISABELLA Viktor finaliza o homem com quem lutava com um soco brutal, jogando-o desacordado no chão. Mas ele não arrisca,aponta a arma e atira na cabeça do desgraçado,garantindo que o infeliz não levante mais. Sem perder tempo, parte para o próximo.Meus olhos não desgrudam dele nem por um segundo, mas algo na lateral do portão chama minha atenção. Uma movimentação estranha... Terceiro carro, preto, blindado. Merda! É ele.— Ronaldo está do lado de fora. Terceiro carro preto blindado. — aviso, a adrenalina me atravessando como uma descarga elétrica.A voz de Owen responde firme pelo rádio:— Eu, Marcello e Maurício vamos pegar ele.— James, protege os três. Eu cubro seu lado e o Viktor! — ordeno com a voz firme, como se minha vida dependesse disso. Porque depende.James mal se levanta para se posicionar em um ângulo melhor,quando vejo um sniper se preparando para atirar nele do outro lado do pátio. Não penso. Apenas ajo. Miro. Atiro. A bala é certeira no peito.— Menos um! — murmuro c
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Não posso perdê-lo
ISABELLA Lá dentro, os gritos do meu pai ecoam como lâminas cortando o ar. Minha mente entra em colapso. Meu corpo treme de pânico. Meu pai não pode me deixar. Rafael Mancini é meu herói e heróis nunca morrem. Não posso perde-lo. Meu corpo se move antes que eu consiga pensar no que fazer. Corro até ele.— Pai! — eu e Livia gritamos ao mesmo tempo, o desespero na voz nos unindo como uma só.— Um pano limpo! Preciso estancar esse sangue! — Yan grita, pressionando o ferimento com as mãos já encharcadas.— Cadê o Maurício?! — pergunto em pânico.— Eu vou busca-lo! — Viktor responde, olhando nos meus olhos com uma urgência que me congela. E então some porta afora, como um raio em meio ao caos.Eu e Livia tentamos ajudar Yan, mas é pouco, quase nada diante do estrago. Quando Maurício finalmente entra, está sozinho. Meus olhos já perguntam antes da minha boca:— Cadê o Viktor? Ele disse que ia te buscar!— Ele ficou pra ajudar os outros. — responde, ofegante.Dou um passo pra sair, mas ele
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Meu mundo em chamas
VIKTOR
Vejo Maurício lutando para chegar até a casa, cambaleando entre os tiros. Vou até ele. Só ele pode salvar meu sogro. Só ele pode impedir que isso vire um inferno completo.
Miro e atiro com precisão,qualquer inimigo que se exponha, eu acabo. Deixo os que estão lutando corpo a corpo com Maurício para ele finalizar. Não tenho mira limpa para estes.— Obrigado, Viktor! — ele me olha com gratidão.
— Vai! Entra logo, eu te dou cobertura. Proteja minha mulher. E salve meu sogro. Vou voltar pra ajudar os outros! — digo sem hesitar.Assim que ele atravessa o porta, me reposiciono. O plano segue como desejado. A equipe do Otto tá fazendo uma defesa impecável,o babaca do Joshua tá indo até que bem e Owen quase encurrala o desgraçado do Ronaldo. Está tudo quase no fim.
Ou pelo menos é o que eu quero acreditar.— Viktor! Eles estão recuando pra proteger o Ronaldo! — Lucas grita no rádio.
— Impede essa fuga! Ele não pode sair vivo! — retruco, com raiva fervendo no sangue.O tempo passa deva
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A dor da perda
VIKTOR— O que aconteceu?! — Guilherme irrompe pela sala, a voz trêmula de desespero.
— Cadê minhas meninas? Cadê Rafael? — Lucas parece que vai desabar.
— Pai... — é tudo o que Joshua consegue dizer antes de se atirar nos braços de Guilherme.A cena deveria me comover. Mas não. Me irrita.
O abraço dos dois parece uma cerimônia de luto. Como se minha mulher tivesse morrido.
Porra, ela não morreu. Não morreu. Não pode ter morrido.
Mas a merda é que nem força eu tenho pra discutir com aquele merda agora.
Só fico ali, imóvel, com Melanie e Melissa grudadas em mim.Minha sogra não diz uma palavra. Tá branca. Pálida.
O medo dela é o mesmo que corrói meu peito:
Isabella. Meus filhos.Nikita e ela me arrastaram até a ala de queimados. Que se fodam minhas mãos, são queimaduras leves. A roupa nos salvou.
Melanie tinha ido com Olivia, ver como o bebê Breno tá. Meu cunhado ainda nem nasceu e já passou por uma guerra.Guilherme se ajoelha na frente da esposa, a voz baixa, mas firme como aço:
— Su
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Meu Lugar é com Você
VIKTOR— Espero que você tenha sofrido muito. Porque por sua causa, eu ainda estou sofrendo. Espero que essa bala alivie um pouco da minha dor. — Livia diz fria, sem dar a ele a chance de responder.Sem hesitar, ela mira direto na cabeça e aperta o gatilho.— Descanse em paz, meu amor. O filho da puta já tá no inferno. — completa, num sussurro gelado, respirando fundo como quem finalmente se livra de um peso.— Acho que temos um avião pra pegar agora! — Livia diz, olhando pra gente com os olhos ainda marejados, mas cheios de determinação.Voltamos pra casa e começamos a arrumar as malas. Isabella ainda não fala comigo. A vergonha pesa demais, eu vejo nos olhos dela.— Vamos? — pergunto, tentando suavizar o clima.— Você não precisa ir, Vitto… — ela responde, sem coragem de me encarar.Pelo menos, me chamou de Vitto. É um começo.Me aproximo, seguro seu rosto com firmeza, forçando ela a me olhar.— Pra onde você for… eu vou, Isabella. — digo com toda certeza do mundo. Ela precisa enten
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Devido Lugar
ISABELLAVoltar para Nova York salvou a minha irmã. E, de quebra, me salvou também.
Pela primeira vez em muito tempo, posso respirar sem sentir culpa, medo ou dor.
Três meses. Já fazem três meses que estamos morando na casa do meu pai e da minha madrasta.
Mel agora tem 8 meses e anda pela casa feito uma patinha atrapalhada. Ayla e Viktor se divertem às custas dela,dois debochados natos.
Livia voltou a trabalhar na empresa, mas ainda evita sair a campo. Eu sabia que ela era mais forte do que pensava. E agora tem uma parceira inseparável: Ally. A coitada até vai ao trabalho com ela.
Meu pai está em êxtase com a casa cheia. Até as discussões dele com o Viktor na hora do jantar viraram comédia.Mamãe e Guilherme voltaram para a Itália há um mês, só porque Livia implorou. Mamãe estava no modo “protetora em tempo integral”. Mesmo longe, liga todo santo dia pra cada um de nós. E eu sei,que se puder, vai vir duas vezes por mês só pra ver com os próprios olhos como estamos.
Ela e a Mel se torn
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Estamos indo pra casa
Viktor— Viktor, tá na hora de você voltar. — Ivan diz, sério, cortando o silêncio com sua voz firme. — Minha sobrinha já está melhor. Precisamos de você aqui.— Escócia tá sob controle... por enquanto. — Nikita assume, com aquele tom desconfiado de sempre. — Mas não confiamos nem um pouco no novo chefe. Ele tá se fazendo de aliado, mas é igualzinho o resto: cobra venenosa. Como a Isabella sempre diz.— Duncan é sobrinho daquele monstro. Diz que odeia toda a família, que quer mudança... Mas eu só acredito vendo. — falo, seco, lembrando das palavras dele na videoconferência. Palavras bonitas, cheias de promessas, mas vazias até que se provem reais.— Exato! Então, irmão... vai ter coragem de dizer que vocês precisam voltar ou quer que eu mande umas fraldas e lenços umedecidos pra você não se borrar todo? — Nikita provoca, rindo.— Nossa, que prestativo. Vou seguir seu exemplo e te mandar umas pomadas pra assadura. Deve estar todo esfolado. — rebato, sério, mas com aquele veneno na voz.
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Lar, Doce Caos
ISABELLAA entrada do condomínio me engole com lembranças amargas. “Isabella, não deixe que o medo te paralise.” Ouço a voz da minha terapeuta ecoando na mente, como um mantra. Sinto Viktor apertar minha mão, transmitindo força silenciosamente. Olho para ele,meu marido, meu porto seguro. Me observa como se pudesse enxergar até minha alma. Sei que, se dependesse dele, ainda estaríamos em Nova York. Mas não podemos fugir para sempre.Temos deveres. Responsabilidades com nossa família... e com a máfia russa.A dor ainda mora em mim. Nosso pátio, nossa casa, aquele dia... foi cruel. Mas fugir não vai me curar. Eu repito mentalmente o que aprendi: encarar a dor é o único caminho.— Está pronta, minha vida? — ele pergunta, tentando esconder a preocupação no olhar.— Sim. Podemos entrar — respondo, firme, mesmo que por dentro eu ainda vacile.Marcello respira fundo e dirige condomínio adentro. Maurício está tenso ao meu lado, ele também tem fantasmas desse lugar. Foi ele quem me protegeu naq
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