Meu doce raio de sol, Melanie,Fiquei sabendo de que seu nome não é mais esse, mas você sempre será assim para mim. Não sabe o tamanho da minha surpresa ao perceber que havia escolhido o nome Baby. Quantas vezes eu a chamei assim em meio aos seus sonhos, hein? Não esperava que estivesse escutando quando conversava com você. A satisfação que senti ao saber que seu inferno havia terminado, não colocou fim ao meu coração pesado, por saber o que você sofreu quando eu não estive por perto, meu doce. Ah, filha, as palavras me fogem, e se atropelam na garganta, depois de tanto tempo preso. Eu nem ao menos sei se estou sendo coerente. Faz tanto tempo que não falo com uma pessoa humana de alma, e tão pura quanto você, que provavelmente estou enlouquecendo. Talvez já esteja louco, ao acreditar que essa chegará até você. Talvez todas as outras tenham chegado, quem sabe? Um pai pode sonhar. Se for o caso, peço desculpas por ter sido um desgraçado egoísta. Todos os pedidos de ajuda que fiz for

Dominic Lexington Cavalieri. Dez dias... Dez dias passaram como uma torrente de ar. Eu estava preparando uma verdadeira força tarefa para buscar minha mulher em casa dessa vez. Não queria correr o risco de que Baby ainda não tivesse me perdoado. Se ela fugisse de mim mais uma vez.Porra, a situação já havia se tornado ridícula o suficiente nas últimas duas vezes. — É melhor você se acalmar...— Onde a Sunshine está? – Encarei meu irmão, parado, sozinho na porra da soleira da minha porta.— Ela não quis vir. Minha mulher não é mais a mesma que você conheceu, Dominic.Olhei para o meu irmão com um semblante de poucos amigos, antes de andar em direção ao bar e me servir de uma dose. Cesare provavelmente estava enfiado em algum lugar com a esposa.— Eu deveria perguntar o que você fez com ela?Cavalieri encarou os próprios sapatos. Péssimo sinal... Péssimo, porra!Respirando com um certo ódio, meu irmão se aproximou de mim, servindo sua própria dose de coragem. – Na realidade, eu não fa

Baby Ortiz. Eu provavelmente deveria dizer que estava desesperada, mas meu estado de ânimos já havia ultrapassado muito disso. Incrédula, encarei o homem dos meus pesadelos, mas meu medo pareceu desaparecer. Eu só sentia nojo. Abracei o Carlo, enquanto meus olhos desviavam vez ou outra para a senhora Wilson. Não havia sangue. Isso é bom. Tem que ser... — Você sabe que se eu não aparecer no casamento, Dominic vai perceber. Ele vai me encontrar. Provavelmente já está vindo.Aquele homem liberou seu riso asqueroso. – Ele deveria cuidar melhor de você. Foi bem fácil derrubar os soldados imbecis, e vai ser ainda mais fácil matar aquele desgraçado quando ele estiver vulnerável, tentando proteger você. – Os olhos dele desviaram para o bebê dormindo em meus braços. A criança não fazia a menor ideia do que estava acontecendo, e não importava os gritos, ele ainda agia como se estivesse tudo em ordem. – E esse bebê. Se eu jogar ele da Janela, sei que o idiota acabaria largando qualquer coisa

Dominic Lexington Cavalieri Pensei que a situação mais assustadora fosse a sensação sufocante de perder minha mulher da primeira vez, mas eu estava errado, porra. E agora, com ela abraçada a mim, senti que tinha recuperado minha vida de volta.Sem contar que o fato de ela ser inteligente o bastante para matá-lo daquela forma era excitante para um caralho.— Eu fugi do casamento de novo.— Eu sempre adorei o número quatro. É o meu número da sorte.— Desde quando?— Desde agora. – Me ajoelhei, mas Baby pareceu confusa.— O que você está fazendo?Com um dos joelhos no chão, segurei nossas alianças em uma caixa aberta bem ridícula para um mafioso, diga-se de passagem. Era extremamente decorada para o casamento, e minha sobrinha deveria estar carregando aquilo, e não eu. Seria fofo com ela, mas para mim era apenas... Esquisito. — Eu sei que vou soar repetitivo, e que sou um pouco lunático, mas bebê, eu nunca vou parar de te amar. Não importa que você seja Melanie, Baby, ou qualquer outr

Dominic Lexington Cavalieri O choro de um bebe se confundia com os sons de chuva do lado de fora. Havia algo de estranho e cruelmente simbólico naquele momento, mas, ciente que meus soldados jamais permitiriam que um estranho cruzasse, meus portões, mantive o temperamento tranquilo.Não queria dizer que não estava com uma arma em minhas mãos.No andar de cima, Baby dormia com nosso Carlo, e para o inferno quem a acordasse nessa fase da gravidez, porra. Cuidaria dela como não fiz na primeira vez, e porra, ainda me sentia culpado por isso.A gravidade da situação só ficou escancarada no momento em que a porta foi aberta. Um Cavaliere cansado, segurando o Bebe em seus braços, andou em minha direção sem notar o maldito barulho que fazia.Que porra ele estava fazendo aqui? O bebe sequer tinha idade para uma viagem tão longa de avião. — Grego?A expressão de quem havia saído de um campo de guerra não me passou despercebido. Molhado da cabeça aos pés, toda sua preocupação parecia ter sido