Baby Ortiz.Minha garganta estava ardendo em um nó preso, e tão bem instalado ali que pareceu nunca mais descer. Eu o encarei, olhando no fundo dos olhos ciumentos do Dominic, mas não pude reconhecê-lo. Olhar para ele foi como ver um buraco negro do qual, se encarasse por muito tempo, seria sugada para dentro. Tomada por um desespero, deixei que as lágrimas deslizassem pelo meu rosto.Eu ainda estava febril, mas não sentia nada além do meu corpo frio. Minha mão estava gelada quando a raspei contra a nuca suada. Voltei a encará-lo, ainda que aquilo fosse doloroso. Nunca falava sobre isso, e nem deveria. Antes de abandoná-los, prometi para mim mesma que não tinha mais família além da minha avó. Eu não tinha mais ninguém no mundo, e quando ela partisse...Mesmo com o peito em chamas, eu continuei. – Sei que não falo muito sobre o meu passado, mas isso é por que ele dói. Não é fácil falar que meu pai desapareceu quando ainda era uma criança, ou que minha mãe amou tão intensamente seu novo
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