Daphne Ainda com o coração socando meu peito e com as pernas bambas, eu saio do escritório. Minha barriga reclamava de fome e eu precisava ir almoçar. Passei em frente ao escritório do Haiden, a porta trancada e nenhum sinal de que ele sairia dali tão cedo. Era estranho não o convidar para ir almoçar comigo, mas era melhor assim. Haiden ainda estava sob o efeito da adrenalina depois do que aconteceu com Vincent. Ele viria com o assunto de me manter longe do trabalho e a gente brigaria novamente. Passei direito indo para o elevador. Desci até o térreo e fui caminhando para fora, atenta a qualquer movimento. Meu celular vibrou. Ignorei a primeira vez, mas ele continuou até que eu não aguentasse mais e pegasse o aparelho para ver do que se tratava. Eu estava em frente à pista somente esperando que o sinal abrisse para que eu pudesse atravessar, mas fui distraída pelo maldito celular. Um número desconhecido me ligava, eu estava pronta para desligar o aparelho para não ser mais incomod

Daphne Eu entendia perfeitamente a preocupação do Haiden e eu também tinha medo de algo pior acontecer comigo, porém eu queria aproveitar todos os momentos possíveis ao lado dele. Eu não queria que esse mal atrapalhasse nós dois nem por um momento. Talvez Haiden acreditasse que eu estava tranquila demais, porém eu sempre fugia do assunto para não o estressar. Fui em direção à cozinha e levei um susto quando Rosália correu na minha direção e me abraçou. — Me contaram que você quase foi atropelada hoje – os olhos dela, cheios de emoção. Essa não era a mesma mulher que eu conhecia – você está bem? Me diga, está machucada? Às vezes eu me esquecia de que morava na mesma casa que a minha mãe, pior era não a reconhecer mais. Eu ainda não estava acostumada com tanta preocupação e afeto. — Eu estou bem – afastei as mãos dela de cima de mim – sofri apenas um arranhão na mão, nada muito grave. Ela enxugou as lágrimas e eu tentei afastar o pensamento de que Rosalía estava apenas fingindo

Daphne Acordei e estava sozinha. Suspirei ao olhar para o lado e ver os lençóis bagunçados, me lembrando da noite incrível que tive ao lado de Haiden. Eu simplesmente sabia que tudo era um sonho. Eu estava vivendo a vida feliz que sempre sonhei a vida inteira ao lado de um homem que realmente me amava. Depois da invasão de Emma na noite do jantar entre amigos, duas semanas haviam se passado e ela não havia aparecido nem mesmo na empresa. Tudo estava em paz e eu queria que as coisas permanecessem assim para sempre. Sem Emma, sem atentados contra a minha vida, somente eu e Haiden vivendo o nosso amor. Eu tinha uma consulta naquela manhã, então não iria trabalhar. Me levantei devagar, mas precisei sentar quando o quarto começou a girar sem parar. Um enjoou quase incontrolável me invadiu e eu corri para o banheiro, me ajoelhando em frente ao vaso sanitário. Depois de alguns minutos colocando tudo para fora, ouvi a voz de Rute logo atrás de mim. Quando me virei para olhá-la, ela tinha

Haiden Sai do escritório solicitando para que minha secretaria transferisse todos os meus compromissos para o dia seguinte. Quem cuidava da minha agenda era a Daphne, mas ela havia ido ao médico fazer exames de rotina. Eu me sentia culpado por não poder ir com ela, mas lembrei que aquele dia era a chegada do Claus. Dirigi até o aeroporto. Ainda faltava meia hora para o desembarque dele, mas estava ansioso em poder vê-lo. Coloquei um chapéu e óculos escuros. Troquei de roupa no carro, vestindo uma camisa mais casual. Eu era um homem conhecido, as pessoas estavam o tempo todo filmando e tirando fotos de pessoas conhecidas e eu não queria que ninguém soubesse que Claus havia voltado. Caminhei até o saguão. Se Daphne me visse vestido assim, talvez nem mesmo ela me reconheceria. Fiquei observando o movimento, me sentindo aliviado por não ter ninguém me olhando excessivamente ou tirando fotos de mim. O disfarce estava funcionando. Senti o celular vibrar no bolso, mas quando ia pegar pa

Haiden Antes de chegar em casa, Claus me mandou uma mensagem dizendo ter descoberto algo. Fiquei realmente animado e surpreso pela rapidez dele. Fazia poucas horas que ele havia chegado na cidade e já havia encontrado pistas sobre a pessoa que estava tentando matar a Daphne. Entrei no escritório e fiquei afundado nas imagens que eu via. Eram imagens de câmeras de segurança do hospital onde a Daphne havia ficado internada. Era Ember conversando com Ramon e ele entregando para ela um pacote marrom. Claus me disse que aquilo não podia significar nada, mas que ele investigaria melhor. Combinamos de almoçar. Eu saí de casa apressado, ansioso, pensando que talvez estivesse perto demais de saber a verdade. Já havia passado pela minha cabeça algumas vezes de ir embora da cidade com a Daphne, mas eu não podia. Eu queria ficar, cuidar dos negócios da família e encontrar essa pessoa. Claus me encontrou na entrada do hotel. — Você deveria ter ficado com a sua mulher – ele resmungou assim q