Daphne — O que acha de fazermos uma viagem? A pergunta de Haiden me pegou desprevenida. Eu ainda estava afundada nos problemas atuais. Ter Ember trabalhando tão perto de Haiden me fazia querer morar naquela empresa, ou melhor, acampar no escritório de Haiden para não permitir que ela se aproximasse. Demorei tanto tempo para encontrar alguém que me amasse verdadeiramente, que não poderia perdê-lo jamais. — Uma viagem? – indaguei surpresa – eu nunca viajei. Não me lembro nenhuma vez de ter saído dessa cidade. — Está falando sério? – ele indagou, inclinando-se para me olhar – eu nunca conheci ninguém que fosse prisioneiro dessa cidade por tanto tempo. Ele estava fazendo suas graças de novo. Sua intenção era genuína, me fazer rir para talvez esquecer os problemas que me rodeavam e era um bom plano, mas não o suficiente. — A minha mãe nunca me levava para passear – eu disse isso e um nó se formou na minha garganta – todas às vezes que eles viajavam, sempre me deixavam com uma tia que

Daphne Ember trabalhando conosco significava a presença diária dela na empresa. Não havia outro motivo para aquilo acontecer a não ser me provocar e tentar seduzir Haiden. Ela realmente acreditava que todos os homens eram iguais ou parecidos com Vincent? Que se contentavam com promessas vazias e um enorme par de peitos? Haiden era diferente. De todos os homens que conheci ele foi o único que achei difícil de conquistar. Nem mesmo Penélope, tão bonita foi capaz de despertar nele qualquer interesse. Eu ainda me lembrava do primeiro dia de trabalho em que ela havia levado um fora dele por ela tentar se insinuar. Ember tinha uma confiança maior do que seus enormes peitos. Ela certamente acreditava que conseguiria arruinar meu casamento, mas dessa vez eu não tinha medo. Eu sabia que o haiden me amava e que ember não fazia o tipo dele. — Eu ia perguntar se voce realmente queria voltar a trabalhar se não considera cedo demais. Ainda estávamos na sala da casa quando Haiden me perguntou i

Daphne Foi inevitável chegar no escritório correndo e com a expressão de horror em meu rosto. Todos pararam para me olhar, agora eu era a esposa do Haiden, não mais uma simples funcionária. Eu era o motivo principal das conversas nas rodas de fofoca. Eu tentei disfarçar o quanto eu estava apavorada e com medo, em vão. Senti uma mão segurar meu ombro e outro ataque de pânico me invadiu. Fechei os olhos com força, temendo ser Vincent. Eu não tinha coragem de olhar para ver quem era. — O que você estava fazendo trancada no depósito com o Vincent, Daphne? – eu abri os olhos ao ouvir aquela voz tão familiar. O pavor tornou-se raiva em questão de segundos. Olhei para trás e vi Ember parada atrás de mim, seu rosto próximo. Ela sussurrou a frase em meu ouvido como uma cobra rastejante e tinha um sorriso se formando em seu rosto. — Está me vigiando? – indaguei, retirando as mãos sujas dela de cima de mim. — E por que eu a vigiaria? – ela soltou a sua risada diabólica – eu estava passand

Haiden Eu participava de uma reunião importante, mas minha cabeça rodava em torno da Daphne o tempo inteiro. Por que eu não conseguia parar de pensar nela? Por que eu estava deixando o trabalho, a coisa pela qual eu mais havia almejado, devido à mulher que deveria ser minha esposa de mentirinha? Na sala de reuniões, os sócios continuavam falando, mas as palavras não se fixavam em minha mente em nenhum momento. Senti uma mão me tocando e, quando me virei, vi um deles com um olhar curioso em cima de mim. — Você escutou o que eu disse, Haiden? - ele perguntou, olhando para os homens ao meu lado – você não disse nada desde que a reunião começou. Jeffrey sorriu. Eu me ajeitei na cadeira, desfrouxando a gravata. Realmente, tinha algo estranho acontecendo comigo que eu não conseguia controlar. Eu ficava o tempo todo me lembrando de que ser CEO era o meu maior objetivo, que eu precisava me concentrar nesse trabalho, mas a Daphne e as lembranças que eu tinha com ela não me deixavam racioci

Daphne — Volte para o trabalho – a voz grossa e arrogante dele ressoou nos meus ouvidos. Haiden era incapaz de olhar nos meus olhos. — Continua zangado comigo – eu disse em um sussurro, mas Haiden ouviu. Massageou a testa e fechou os olhos. Era melhor que eu saísse dali e continuasse como se nada tivesse acontecido. Mas doía saber que, mesmo depois da nossa conversa, e de tudo o que aconteceu depois dela, ele ainda acreditasse que eu tinha culpa nisso tudo. — Estou perdendo o controle – ele disse, quando girei as costas, pronta para partir – desde o dia em que soube que você era a mulher que eu procurava, eu venho perdendo o controle. Girei o pescoço para olhá-lo. Haiden ainda estava na mesma posição, sentado, com os olhos fechados. — Sinto muito – eu disse, mas não ousei me aproximar – eu não tinha a intenção de arruinar com a sua vida. Ele abriu os olhos e me encarou assim que ouviu essas palavras. Se levantou, andando para perto de mim, fazendo meu coração disparar e minhas