— Lá embaixo, no térreo, elas ainda me insultaram, falaram coisas horríveis... Inventaram boatos nojentos, disseram que eu tinha caso com o motorista, até com você, mano... — Vitória parou por um instante, mordeu os lábios. O rosto estava tomado por uma expressão de mágoa, e os olhos marejados de lágrimas contidas. — Além disso... Disseram que você era um velho decrépito, que eu deveria me ajoelhar para lustrar os sapatos delas... E até imitar um cachorro.Ao ouvir aquilo, o semblante de Renato se fechou. Uma sombra pesada tomou conta de suas feições, e a pressão em torno dele se intensificou como se o ar tivesse ficado mais denso.— Sr. Renato, isso não tem nada a ver comigo! — O gerente Enzo tentou se desvincular imediatamente. — Não fui eu quem mandou falar essas coisas. Elas, na verdade, já tinham rixa pessoal com a Srta. Vitória... Foi tudo problema pessoal entre elas.Renato pousou os olhos sobre aquele homem covarde, a voz gélida como lâmina:— E você, como dono da empresa, não
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