— Não falem besteira. Ele é meu irmão. — Declarou Vitória, enfim, em tom firme.
Ela não tinha se pronunciado antes porque, pelo canto dos olhos, vinha observando o movimento lá fora. Já havia notado a chegada da secretária de Renato.
— Irmão? Não seria padrinho? Agora no seu meio mudaram o nome, é? — Zombou Júlia, estreitando os olhos com malícia.
Mal terminou a frase, a porta se abriu e uma mulherentrou. Usava óculos de aro dourado e, para surpresa de todos, era estrangeira.
— Srta. Karine, foram elas que hostilizaram a senhorita, inventaram boatos obscenos e falaram as piores barbaridades. — O motorista girou nos calcanhares assim que ouviu os passos, explicando a situação à secretária.
Por um momento, todas ficaram em silêncio, com os olhos grudados naquela mulher recém-chegada.
A secretária caminhou até Vitória, curvou-se com respeito e disse:
— Srta. Vitória, peço desculpas por ter demorado. Sinto muito que tenha passado por tal constrangimento.
Júlia e as outras ficaram boquiaber