Alejandro Albeniz Eu perdi minha mãe com oito anos e certamente esse foi o momento mais doloroso da minha vida. Ela era doce, amorosa, companheira, a melhor mãe que uma criança poderia ter. Quando ela se foi, ficou apenas o meu pai, duro, seco, autoritário e por conta do trabalho, bastante ausente. No entanto, mesmo com todos esses problemas, sabia que ele me amava e sentia orgulho de mim, mesmo nunca dizendo. E eu também, apesar de tudo, o amava.Beto sempre foi estranho, uma pessoa à parte. Nunca o considerei como alguém de fato da minha família, mesmo nós dois compartilhando o mesmo sangue. Com meu pai morto era como se a era Albeniz, a qual eu nasci, tivesse acabado e o único que sobrou fui eu.Me sentia solitário como nunca. Sem ninguém da família a quem eu pudesse recorrer.Estava sentado num batente no jardim do resort, tentando assimilar tudo o que aconteceu, meu pai infartou porque descobriu algo que não conseguiu me contar. Eu sabia que era esse o motivo. Mas a pergunta que
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