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Todos os capítulos do Capturada pelo Alfa Cruel: Capítulo 221 - Capítulo 230

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220. Segunda fase

DianaA porta fechou-se atrás de mim com um clique suave. Adrian ainda dormia na cama, exausto, não só pela noite, mas pelo peso da própria rendição. Sorri para mim mesma, puxando o roupão de seda e amarrando com um nó preguiçoso na cintura, como quem acabava de selar mais uma conquista.Cruzei o corredor da ala privativa da mansão Eclipse, os pés descalços mal fazendo barulho sobre o piso polido. O sol da manhã entrava pelas janelas altas, dourando os vitrais com uma beleza que contrastava com o que eu era por dentro: estratégia pura. Veneno em forma de mulher.“Estava te procurando há horas.”

221. O som da vingança

JohanO cheiro dela ainda estava no ar.Adocicado. Quente. Arrogante.Aquele tipo de perfume que tentava te envolver feito um laço macio, mas que, no fundo, era uma coleira. Diana sabia o que fazia com cada gesto, com cada toque calculado e cada sussurro carregado de "preocupação". Eu teria rido se não estivesse com metade da cabeça latejando e o corpo quebrado.Ela ajoelhou-se, posando a mão sobre a barriga como se fosse uma santa torturada. "Independente dos lados... você é parte de nós". Quase vomitei.Mas a deixei falar. A deixei tocar. A deixei me abraçar.Porque havia uma coisa naquela cela escura que ainda me prendia à sanidade: meu filho."Eu vou cuidar de você, Johan. Quando tudo isso acabar. Podemos ser uma família. Poderemos criar nosso filho juntos.""Você já

222. Salvando os meus

StefanosVoltar ao entreposto médico era como cruzar a linha entre dois mundos.O lobo em mim já não andava. Marchava. E a cada passo, a imagem da orelha ensanguentada de Johan latejava na minha mente como um aviso cruel de que falhei — outra vez.Eu não podia me dar ao luxo de falhar de novo.O portão rangeu quando atravessei a entrada. Soldados em posição, alguns me encarando com reverência... outros com medo. Sabiam que algo havia mudado. Sabiam que eu estava diferente.O cheiro de medo era sempre mais forte quando a fúria vinha de dentro.

223. Beta ou Alfa?

RylanVoltar para o quarto depois da conversa com Stefanos foi como atravessar um campo minado. Cada passo era um pensamento confuso. Cada respiração, uma dúvida nova.Abri a porta devagar.Jenna estava acordada. A luz fraca da lâmpada deixava sombras suaves no rosto dela, que continuava pálido. Mas seus olhos... eles estavam vivos. Atentos. E estavam me esperando."Você demorou," ela disse, sem rodeios.Fechei a porta atrás de mim e fui até a cadeira ao lado da cama. Me sentei sem conseguir soltar a tensão que queimava dentro do peito. Eu ainda ouvia o rosnado do Stefanos, ainda sentia o cheiro da raiva, do medo, do desespero que ele exalava. Johan… vivo.

224. Até depois da guerra

StefanosO céu da manhã estava limpo demais.Como se o universo quisesse me provocar com uma falsa sensação de paz.Rylan e Jenna chegaram à mansão pouco antes do amanhecer.Ela caminhava ao lado dele, pálida, visivelmente abatida, mas de cabeça erguida. Pelo visto, recusava-se a ser carregada no colo, como se desafiasse o próprio corpo a obedecer. Os passos eram curtos, mas firmes. Os olhos, atentos.Ela havia sobrevivido.E, por ora, isso era tudo o que importava.Ainda assim, meu lobo não relaxava. Nenhum músculo em mim relaxava.Ler mais

225. Um golpe de sorte

NuriaO carro avançava pela trilha como um animal cego. Cada pedra no caminho parecia cutucar algo dentro de mim. Jenna estava ao meu lado, silenciosa. O som da respiração dela era o único que me lembrava de que ainda estávamos ali, vivas, tentando acreditar que aquilo era só um trajeto… e não um adeus.A estrada era longa. Mas o silêncio entre nós era ainda maior."Você sente isso também?" murmurei, sem olhar pra ela."Sinto." A resposta dela foi quase um sussurro. "Como se algo estivesse prestes a explodir."Desviei o olhar da janela e encarei seu perfi

226. O ar mudou

StefanosO cheiro da floresta já não era suficiente.Nem o vento cortando o rosto.Nem o silêncio dos lobos em formação, espalhados em pontos estratégicos à espera do comando final.Eu estava no rastro da Eclipse, com Rylan e Mark ao meu lado, pronto para atravessar a fronteira e transformar aquele território amaldiçoado em cinzas. As garras formigavam. O lobo urrava por sangue. Mas algo… algo estava errado.O ar mudou.Não era só o cheiro. Era uma vibração. Um ruído abafado de algo preste

227. Prisioneira de Diana

NuriaA primeira coisa que senti foi o frio.Depois, a dor.O corpo inteiro doía como se tivesse sido atropelado por uma matilha em fúria. A cabeça latejava, a garganta estava seca, e meus pulsos… estavam presos.Abri os olhos devagar, piscando contra a claridade fraca das lampadas fixas nas paredes úmidas. Um cheiro metálico enchia o ar... sangue, sujeira, medo.Era uma cela. Pequena. Úmida. De pedra. O teto baixo parecia querer me esmagar.Puxei o ar com força, tentando entender onde estava, quando ouvi.A risada.Ler mais

228. Entre o ódio e a redenção

JohanA cela estava escura. Fria. Silenciosa.Mas não mais silenciosa do que eu.Eu continuava no chão de pedra, imóvel, os olhos semicerrados, fingindo dormir — como fiz nos últimos dias. Desde que percebi que tudo aquilo era uma armadilha, que cada palavra de Diana era apenas uma peça num jogo doentio, eu parei de reagir. Esperei. Observei. Ouvia cada passo, cada cochicho.Mas desta vez… foi diferente."A aberração está tão quieta... achei que fosse gritar mais. Tão decepcionante."O som da voz de Diana atravessou o corredor como um soco.Meu sangue gelou.Aberração.Ela falava da Nuria.Meu corpo inteiro se retesou. Mas não me mexi. Continuei fingindo, até ouvir o arrastar lento dos pés dela em direção ao corredor onde eu estava.O cheiro dela me invadiu antes mesmo da sua presença. Doce, nojento, podre de manipulação.Ela parou bem na frente da minha cela. Eu sentia. Mesmo com os olhos fechados, eu sabia."Só mais alguns dias e terei limpado todos vocês da face da terra," ela murm

RylanAs palavras de Verônica ainda ferviam em minha mente.Corri sem pensar, os olhos ardendo, os pulmões queimando. Quando alcancei o posto médico, dois lobos estavam na porta e abriram passagem assim que me viram."Ela está na ala central, senhor." disse um deles, mas eu já não ouvia mais.Empurrei as portas com força e encontrei Jenna deitada, cercada por médicos e enfermeiras. A pele dela estava ainda mais pálida do que da última vez, os olhos inchados de tanto chorar. Mas vivos. Desesperados."Jenna..." Me aproximei em segundos, afastando qualquer um que estivesse no

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