Johan
O cheiro dela ainda estava no ar.
Adocicado. Quente. Arrogante.
Aquele tipo de perfume que tentava te envolver feito um laço macio, mas que, no fundo, era uma coleira. Diana sabia o que fazia com cada gesto, com cada toque calculado e cada sussurro carregado de "preocupação". Eu teria rido se não estivesse com metade da cabeça latejando e o corpo quebrado.
Ela ajoelhou-se, posando a mão sobre a barriga como se fosse uma santa torturada. "Independente dos lados... você é parte de nós". Quase vomitei.
Mas a deixei falar. A deixei tocar. A deixei me abraçar.
Porque havia uma coisa naquela cela escura que ainda me prendia à sanidade: meu filho.
"Eu vou cuidar de você, Johan. Quando tudo isso acabar. Podemos ser uma família. Poderemos criar nosso filho juntos."
"Você já