Início da tarde, na Casa de AméliaO sol da tarde banhava a casa de Amélia com uma luz dourada e suave, filtrada pelas copas das árvores que dançavam preguiçosamente com o vento. O jardim cheirava a terra molhada e lavanda, e o som da natureza criava uma melodia tão suave quanto um sussurro de verão. O cenário era quase irreal de tão perfeito, sereno, harmonioso, como uma fotografia antiga em tons quentes.Helen estava ajoelhada à beira do canteiro, as mãos sujas de terra, os cabelos presos em um coque bagunçado que já começava a se desfazer. Usava uma camiseta larga, um short florido e luvas de jardinagem que pareciam grandes demais para seus dedos finos. Estava suada, suja e mais bonita do que jamais saberia.Amélia, com uma cesta de ervas nos braços, se aproximava por trás com um olhar terno, carregado de uma ternura que só as mães, e as mulheres muito observadoras, sabem cultivar.— Essas lavandas vão ficar lindas aqui no canto — disse Helen, sorrindo com os joelhos afundados
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