Carter chegou à sua sala no fim da tarde. Nossa conversa sobre a sabotagem no Congo foi breve, sem rodeios—ele estava apressado. Nenhuma menção à nossa última troca de farpas, como se o embate tivesse se dissipado no ar, sem deixar vestígios.Mas algo muito mais intrigante pairava na minha mente.Quase 19h, e minha curiosidade latejava. Aquele encontro misterioso, sempre no mesmo horário, me provocava como um segredo ao alcance das mãos. Eu poderia simplesmente ignorar? Poderia. Mas onde estaria a graça nisso?Afinal, um pouco de investigação não faz mal a ninguém... Certo?Desligo meu computador, guardo meus pertences e deixo a sala com passos leves, discreta como uma sombra.No elevador, encaro meu reflexo por um instante. Ergo a gola do casaco, oculto parte do rosto e estreito os olhos. Um disfarce improvisado, mas eficaz para minha pequena missão.A adrenalina pulsa. Meu coração bate em expectativa.Do lado de fora, a cidade se agita, transbordando energia noturna. São 18h45, Cart
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