Cap. 45 Um alfa desconfiado.Samuel Kan.O silêncio voltou a reinar no escritório assim que a porta se fechou, um silêncio pesado que parecia amplificar o batimento errático do meu próprio coração. Fiquei parado diante da enorme janela de vidro, a cidade cinzenta lá embaixo um borrão indistinto. Mas não era a paisagem que meus olhos viam, era o rosto corado dela, Mayara, o jeito quase desesperado com que fugiu, o calor estranho que ainda parecia impregnado na minha mão, no exato ponto onde a toquei. Franzi a testa, impaciente comigo mesmo.Aquilo não fazia o menor sentido, como posso estar sentindo atração por uma mulher estranha? Eu mal conseguir sentir nada diferente nela a não ser essa tensão estranha, que parecia uma atração, mas confesso... que por um momento, só por um momento era como se tivesse frente a frente com alguém familiar que fez meu coração quase escalar minha garganta, uma coisa que é tão rara de acontecer comigo, as pessoas são fáceis de prever, mas aquela mulher.
Leer más