Anyelle Duas semanas depois Nessas semana que se passaram, as coisas começaram a mudar drasticamente, um sentimento novo começou a surgir dentro de mim, eu via o Ph com a Rafaela e me sentia desconfortável, no começo não entendia o motivo, mas as coisas começaram a ficar claras em minha mente. Eu me apaixonei por ele. Uma grande merda, como isso aconteceu. Estou completamente ferrada. Hoje tinha baile e Ph permitiu que eu fosse, não estava me sentindo a vontade para ir, mas Vinícius meu novo amigo, insistiu que eu fosse e acabei cedendo. Agora ele está aqui comigo, me ajudando a me arrumar. — Não sei Vini, não tenho corpo para usar uma roupa dessas. — desde que tive Ryan, meu corpo mudou e não me sinto tão a vontade de usar roupas extremamente curtas. — Para com isso, claro que você tem corpo pra essa roupa, você está linda! — Vini exclamou, gesticulando exageradamente enquanto me olhava de cima a baixo. — Mas essa saia é muito curta e esse cropped deixa muita barriga de

PH O som do choro de Ryan ecoando pela casa cortou meu coração. Desci as escadas, encontrando o menino agarrado às pernas de Fernanda, com os olhinhos vermelhos e marejados. — O que aconteceu? — Perguntei, a preocupação na voz. — Ele ouviu a discussão de vocês. — Fernanda me olhou com reprovação. Sentei-me ao lado de Ryan e o abracei forte. — Ei, campeão. O papai e a mamãe tiveram um mal entendido, mas ja está tudo bem. Ele me apertou com força, escondendo o rosto em meu peito. — Papai ama a mamãe? — A pergunta sussurrada de Ryan me atingiu como um soco no estômago. Não consegui responder, a verdade é que eu não sabia a resposta. Amava a Any? Sim, em algum lugar profundo dentro de mim, o amor ainda existia. Mas a confiança... a confiança era uma cicatriz que ainda doía. — Vamos tomar café da manhã, meu garotão. A mamãe já vai descer. — Tentei desviar o assunto, levantando com Ryan no colo. Any desceu pouco depois, o rosto inchado e os olhos vermelhos. Ela evitou me

PH Era para ser o melhor dia, o amanhecer de uma nova fase para nós dois. Acordei com Any em meus braços, sentindo o calor do seu corpo se aninhar perfeitamente ao meu. O sol que invadia o quarto, pintava o ambiente com tons quentes e acolhedores, enquanto nossas respirações suaves e os batimentos sincronizados dos nossos corações preenchiam o silêncio. Era um amanhecer de paz e felicidade, um contraste gritante com a tempestade que havíamos enfrentado no dia anterior. Beijos carinhosos e sussurros de amor se tornaram a trilha sonora daquela manhã, cada melodia reforçando a conexão que nos unia. Cada toque, cada olhar trocado entre nós, reforçava a certeza inabalável de que finalmente havíamos encontrado nosso caminho, nosso lugar no mundo. A confiança e a paixão, que renascia a cada momento, nos envolviam em uma bolha de felicidade, um santuário particular onde nada parecia capaz de nos atingir. — Bom dia meu amor — ela sussurrou, a voz sonolenta e doce, parecendo completa e em pa

Anyelle Abri os olhos num quarto que não era o meu. Em vez do conforto da minha cama, vi um lugar estranhamente arrumado, quase limpo demais. A luz fraca da janela mal iluminava as paredes bege. Não tinha bagunça, o que era estranho para um lugar de cativeiro. Uma cama de solteiro com lençóis brancos e limpos estava no meio, com um criado-mudo e um abajur apagado ao lado. O ar cheirava a algo que eu não sabia dizer, talvez algum produto de limpeza. O silêncio era quase total, quebrado só por um barulho distante, como um carro na rua. Me levantei e senti o frio do chão de madeira nos meus pés descalços, me dando um arrepio. Uma porta escondida levava a um banheiro pequeno, mas que dava para usar, com um espelho embaçado. Foi aí que vi o guarda-roupa, pequeno, de madeira escura, e ainda mais estranho, com a porta um pouco aberta. Dentro, tinha roupas dobradas que pareciam ser do meu tamanho. Será que era uma armadilha? Um jeito cruel de me fazer baixar a guarda? Que tipo de sequestrad

PH Encaro o desgraçado do pistola, mas minha atenção foi desviada para um vulto que emergiu da escuridão, com passos lentos e decididos. A figura alta e loira se revelou, os olhos azuis faiscando em um misto de raiva e melancolia. Era Santiago, o gringo, ex namorado da Bruna. Ele se aproximava, mancando levemente, a mão apertando o ombro, onde uma mancha escura de sangue se espalhava. Parecia ter levado um tiro de raspão, mas sua determinação era inabalável. No instante em que seus olhos encontraram os de Nico, um ódio ancestral pareceu incendiar o ar. — Você sequestrou minha namorada, eu quero a Bruna de volta. — ele fala em inglês e Nico bufa rindo. — A Bruna é minha, seu gringo filho da puta. — A voz de Nico ecoou tensa no ar, a arma em sua mão firme, apontada para o estrangeiro a sua frente. — ELA É MINHA! — Santiago vociferou de volta, o rosto vermelho de fúria, o cano de sua própria arma tremendo levemente na direção de Nico. — Ela me escolheu. — A afirmação de Nico