Nessa noite, Marília não dormiu muito bem. Acordou três vezes durante a madrugada e, ao olhar para o quarto estranho, ainda estava um pouco desorientada.Ainda não estava claro, mas ela se levantou, pegou o celular e, sem perceber, abriu o WhatsApp.Viu o ícone do contato marcado como "marido", mas não havia mensagens novas.Marília ainda abriu a conversa, que havia parado na noite anterior.Ela se sentiu um pouco desapontada. Talvez ele estivesse muito ocupado e sem tempo para pensar nela.Mas, na verdade, ela também tinha estado bastante ocupada.No fundo, ela pensava que ele não gostava dela.Marília largou o celular, foi para o banheiro se arrumar e, depois de terminar, saiu. Como ainda estava cedo, pensou que poderia dar uma volta pelo pátio do hotel, que tinha flores bonitas. Decidiu passear por lá.Quando a porta do elevador se abriu e ela se preparava para entrar, viu que já havia alguém dentro.Saulo a viu e, com entusiasmo, cumprimentou:— Mimi, você acordou bem cedo! Que tal

Com muita gente, Marília já não se sentia mais desconfortável.Todos comeram bastante pela manhã e, depois de dar uma volta, voltaram para o hotel. No caminho, encontraram Celeste, que estava saindo do restaurante após o café da manhã.Celeste, vendo que Marília estava voltando com Cipriano e os outros, puxou Marília para o lado e fez um gesto sugestivo, dizendo:— Eu já sabia que o Saulo gosta de você, até para tomar café da manhã ele te chama. Ele está claramente querendo te conquistar.Marília explicou:— Eu só acordei cedo hoje para dar uma volta e acabei encontrando eles.Mal ela terminou de falar, Saulo gritou de longe:— Mimi, vamos jogar juntos à noite!O grito de "Mimi" fez com que todos ao redor olhassem na direção de Marília.Celeste, sorrindo, disse:— Na verdade, eu entendo. Com uma beleza como a sua, é claro que você tem muitos admiradores, mas também sei que você não dá a mínima para o Saulo, afinal, seu namorado é tão maravilhoso...— Vou subir para pegar umas coisas. —

No terceiro dia de gravações, à tarde, Marília teve o início de sua menstruação.Felizmente, havia muitas mulheres no set, e ela rapidamente conseguiu um absorvente para usar, evitando que o fluxo a deixasse em apuros e sujasse a roupa.Sempre que está nesse período, Marília sente cólicas menstruais, e desta vez não foi diferente.Desde o momento em que percebeu os primeiros sinais até começar a sentir dor na barriga, não havia se passado nem meia hora.Quando trabalhava na loja, sempre que estava menstruada, costumava pedir para trocar de turno ou tirar o dia de folga.Mas agora, no set, apesar de não ter uma função específica, ela tinha que ajudar, ver o que os outros estavam fazendo, maquiar os figurantes, colaborar com os serviços gerais.Todos estavam ocupados, e Marília não queria fazer algo que a fizesse parecer diferente, então suportou até as sete horas, quando a gravação finalmente acabou. A dor estava tão forte que ela quase desmaiou.Como a gravação naquele dia se estendeu

Marília tremeu a mão ao aplicar o pó, e o pincel acabou tocando os lábios de Cipriano.— Desculpa.Marília pegou um lenço umedecido para limpar, mas Cipriano segurou sua mão com firmeza.— Você ainda não respondeu à minha pergunta.Marília tentou retirar a mão, mas Cipriano não a soltou, obrigando-a a encará-lo.— Eu tenho namorado.— Eu sei.Marília franziu a testa.— Então, por que você ainda não me solta?— Você tem namorado, mas não é casada. Por que não tenta algo comigo?Ele foi direto, deixando claro que estava interessado nela.Marília achava que, se não se encontrassem, o assunto nunca seria tocado e a situação entre os dois não seria desconfortável.Nunca imaginou que ele fosse se declarar tão rapidamente.Mas ela já era casada, tinha um marido.Marília então, com um semblante frio, disse:— Meu namorado é muito bom.— Você acha que ele é bom, mas se me der uma chance, vai ver que sou melhor que ele. Mimi, eu posso ser melhor para você. Me dá uma chance?Os olhos de Cipriano

Marília sentiu seu coração dar um salto, mas logo reprimiu essa sensação. Estava bem consciente e sabia que ele estava pedindo por algo mais íntimo.Marília se esforçou, baixou a cabeça, tentando se desvencilhar do braço dele, mas, sendo pequena e fraca, não era páreo para ele. Então, conseguiu apenas dizer baixinho:— Leandro, me solta.O homem, como um cafajeste, apertou ainda mais os braços e a manteve presa ao seu peito.— Não quero soltar.Marília mordeu os lábios.— Você não pode me forçar!Leandro a olhou pensativamente por um momento e, então, disse repentinamente:— Mimi, que tal a gente namorar?Marília ficou surpresa e virou o rosto, sem entender muito bem. Seu rosto acabou ficando bem perto dos lábios finos do homem.Leandro sentiu uma leve onda de emoção, levantou a mão e virou o rosto dela, inclinando-se para beijá-la.Marília resistiu à ideia de ser íntima com ele, mas o homem, com as mãos firmemente ao redor de sua cintura, a pressionou ainda mais contra seu corpo, apro