TODOS os capítulos e episódios de Divórcio por engano, minha ex-mulher se torna uma CEO a Anney GW - Página 43 - BueNovela

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Todos os capítulos do Divórcio por engano, minha ex-mulher se torna uma CEO: Capítulo 421 - Capítulo 430

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POV do CalvinA manhã começou como qualquer outra. Café, e-mails, revisão de alguns documentos antes de mergulhar em reuniões consecutivas. Mas, no meio da manhã, Maria entrou no meu escritório sem bater, o rosto pálido.— Você precisa de ver isso. — Disse ela, entregando-me o tablet.Peguei o aparelho, já me preparando para más notícias. Quando vi a manchete, meu estômago despencou:“CEO da Titan é Acusado de Má Gestão Financeira: Documentos Anônimos Revelam Práticas Duvidosas”Li o artigo por cima, o coração disparado. Os chamados documentos eram completamente fabricados, cheios de números que nem sequer batiam com os nossos livros contábeis. Mas as acusações eram devastadoras. Desvio de fundos, uso de dinheiro da empresa para despesas pessoais, cada linha parecia feita para minar a confiança.— Nathan. — Murmurei, jogando o tablet na mesa com força.Maria assentiu com um olhar sombrio.— O timing é perfeito demais para ser outra pessoa.As horas seguintes foram um borrão de controle

POV do CalvinA tensão na sala de reuniões parecia viva, crepitando no ar como eletricidade estática. Todas as cadeiras estavam ocupadas, todos os rostos voltados para mim, esperando o que eu diria. Nathan estava sentado na outra extremidade da mesa, recostado com aquela mesma expressão presunçosa que sempre usava quando achava que já tinha vencido. Ao lado dele, Victoria estava impecável e elegante, sua postura fria não revelava nada.Mas agora eu sabia a verdade, e não sairia daquela sala até que todos soubessem também.Respirei fundo e mantive a postura à cabeceira da mesa.— Senhoras e senhores, obrigado por virem com tão pouca antecedência. Há algo crítico que precisamos discutir.Maria deu um passo à frente, distribuindo cópias impressas dos e-mails e documentos que eu havia recebido. À medida que as páginas circulavam pela mesa, deixei o silêncio se alongar. Os únicos sons eram o leve farfalhar dos papéis e os ocasionais suspiros de surpresa enquanto os membros do conselho exami

POV da SerenaA taça de champanhe na minha mão parecia mais um acessório do que uma bebida. Eu girava o líquido espumante distraidamente, sorrindo e acenando com a cabeça. O CFO da Étoile de Collin falava sem parar sobre projeções trimestrais.Normalmente, eu estaria totalmente envolvida nessa conversa, fazendo perguntas. Oferecendo ideias. Mas naquela noite, meu cérebro parecia enevoado, como se estivesse recheado de algodão.— Serena, o que você acha? — Ele perguntou, com um tom esperançoso que me trouxe de volta ao presente.— Ah, acho que parece promissor. — Respondi rapidamente, torcendo para que minha resposta vaga bastasse. Não bastou. Ele inclinou ligeiramente a cabeça. Eu soube que tinha reprovado no teste surpresa.Antes que ele pudesse perguntar mais alguma coisa, Bill entrou na conversa como um salva-vidas.— Foi um ano fantástico. — Disse ele, apertando a mão do CFO. — E com a Serena no comando, tenho certeza de que o próximo será ainda melhor.O CFO assentiu. O sorriso se

POV do StevieA revista estava na mesa de centro, zombando de mim como se soubesse que tinha tocado num nervo exposto.A manchete? A mãe solteira de Calvin Lancaster: Conheça a Mulher que Roubou o Coração do Bilionário.A matéria? Uma mistura de mentiras, meias-verdades e uma foto mais ou menos decente minha, da qual tenho 90% de certeza que tiraram das câmeras de segurança do Calvin. Meu cabelo parecia estar prestes a declarar independência.Peguei a revista e a lancei do outro lado da sala. Ela bateu na parede com um baque satisfatório antes de cair num monte amassado perto da janela.Baby mama. É assim que estão me chamando agora. Como se eu fosse só uma qualquer que teve sorte de tropeçar na órbita de Calvin Lancaster. Esquecem de que tenho minha própria carreira, minha própria vida, meu próprio maldito nome. Não. Agora sou só “a mãe do filho do Calvin”.Andava pela sala, com as mãos se fechando e abrindo enquanto tentava conter a frustração que borbulhava dentro de mim. Não era só

POV da SerenaA luz suave da manhã filtrava-se pelas janelas da cozinha enquanto eu fitava a minha chávena de chá. Bill estava do outro lado da bancada, cantarolando distraidamente enquanto barrava uma fatia de torrada. Parecia tão relaxado, como se nada neste mundo o preocupasse, enquanto eu me esforçava para não entrar em colapso. Lancei um olhar ao teste de gravidez escondido na gaveta atrás de mim. As duas listras cor-de-rosa estavam praticamente gravadas no meu cérebro. Eu tinha esperança de que o universo me desse uma trégua e deixasse espaço para um talvez. Mas não. Era oficial. O segundo bebê vinha a caminho.— Estás bem? — A voz de Bill arrancou-me dos pensamentos. Ele agora olhava para mim, a testa franzida de preocupação.— Sim, estou. — Assenti depressa demais.— Tens olhado para esse chá como se ele fosse criar pernas e sair a correr. — Disse ele, com um sorriso.Soltei uma risada fraca, mas não teve o mesmo efeito de sempre. Bill pousou a torrada e se aproximou.— Vá lá.

POV da StevieO cheiro do meu antigo apartamento me atingiu assim que entrei — uma mistura de café velho, produtos químicos de revelação esquecidos e o leve aroma de lavanda de uma vela que nunca terminei de queimar.Definitivamente, não era a cobertura. Nada de janelas do chão ao teto ou bancadas de mármore. Só o meu pequeno e bagunçado apertamento, com móveis descombinados e mais memórias do que eu estava pronta para encarar.Mas era meu.Deixei a mala na porta e me joguei no sofá, soltando um suspiro profundo. As molas rangeram sob mim, como se protestassem com o meu retorno. Olhei em volta, meio esperando que o lugar parecesse estranho após meses morando com o Calvin. Mas não parecia. Na verdade, era como se eu nunca tivesse saído.Os primeiros dias foram difíceis. Havia um tipo estranho de silêncio que me seguia por todo lado, como se o apartamento quisesse me lembrar de que eu estava sozinha. Não que eu estivesse realmente com o Calvin, mas pelo menos na cobertura havia barulho.

POV da SerenaA sala vibrava com energia, o tipo de agitação que vem de uma plateia cuidadosamente selecionada de profissionais da mídia, especialistas do setor e investidores. Os flashes das câmeras pipocavam quando pisei no palco, os saltos ecoando no piso polido. O logotipo da Étoile de Collin brilhava atrás de mim, em tamanho colossal, e por um instante, lembrei-me do quanto essa marca havia crescido.Segurei o microfone com as mãos firmes, embora meu estômago parecesse dar cambalhotas, não por nervosismo, mas devido ao pequeno ser humano crescendo dentro de mim. Ninguém sabia ainda, nem a equipe, nem a imprensa, nem sequer a maioria dos meus amigos. E pretendo manter assim, pelo menos por enquanto.— Bom dia a todos. — Comecei, com a voz clara e firme. — Obrigada por estarem aqui hoje. A Étoile de Collin sempre foi sobre inovação, criatividade e, acima de tudo, conexão. Hoje, tenho o orgulho de anunciar o próximo passo da nossa jornada: vamos nos tornar globais.Aplausos imediatos

POV do CalvinA cobertura parecia maior agora, mais vazia. Era estranho como o silêncio podia ocupar tanto espaço, preenchendo cada canto e ampliando a ausência das coisas das quais eu nem sabia que dependia.As risadas de Stevie ecoavam ali, nítidas e sem filtro, quicando sobre o chão de mármore como se sempre tivessem pertencido àquele lugar. Agora, restava somente o zumbido da geladeira e o estalo ocasional dos móveis se ajustando.As coisas dela desapareceram. Ela não demorou a fazer as malas — não que precisasse de muita coisa. Ela era eficiente assim — prática até demais quando decidia ser. Passei pelo sofá onde ela se espalhava com o laptop no colo, editando fotos com uma concentração tão intensa que parecia não existir mais nada ao redor.Tentei trabalhar, mergulhando em e-mails e projeções trimestrais. Mas minha mente continuava a divagar. As palavras de Stevie se repetiam na minha cabeça como uma música ruim presa no modo repetição:— Diz-me onde estamos, Calvin.E eu não dis

POV da SerenaO apartamento da Stevie cheirava a tinta fresca e café. — Uma combinação estranhamente reconfortante que combinava com ela. O espaço era pequeno, cheio de equipamentos fotográficos e pilhas de coisas de bebê ainda embaladas, mas tinha a cara dela. Era bagunçado, vivido. — Nada parecido com a cobertura estéril do Calvin.Bati na porta uma vez antes de entrar, equilibrando uma sacola de presente ridiculamente enorme em uma mão e uma bandeja com lattes gelados na outra.— Stevie? Está em casa?A cabeça dela surgiu por trás de um berço meio montado no canto.— Jesus, Serena. Você quase me matou de susto.— Linguagem. — Respondi com um sorrisinho. — Seu bebê já pode te ouvir, sabia?Ela revirou os olhos, afastando uma mecha de cabelo do rosto.— Com esse ritmo, tenho certeza de que a primeira palavra do meu filho vai ser “porra”.— Que fofo. — Retruquei, colocando a sacola e as bebidas na mesinha minúscula da cozinha. — Trouxe reforços.Stevie olhou para a sacola, levantando u

POV do CalvinA sala de espera no consultório da Stevie não era nada do que eu esperava. Era clara e alegre, com paredes em tons pastéis e revistas antigas de maternidade espalhadas pelas mesas de centro. Uma criança pequena passou mancando perto de mim, segurando um girafa de pelúcia. A mãe dele vinha atrás com um sorriso cansado.Olhei para o relógio. A Stevie já estava com o médico há dez minutos. Foi ideia dela eu vir. Quando mencionou isso casualmente na semana passada, eu aceitei na hora. Talvez com um pouco de entusiasmo demais. Considerando o quanto ela ainda estava reservada comigo.Não dava para culpá-la. Eu passara meses dando sinais confusos. Preso na minha cabeça tentando equilibrar minha vida, minhas responsabilidades e meus sentimentos por ela. Mas se tem uma coisa que eu sei agora, é que não posso continuar errando desse jeito.Ela precisava que eu aparecesse. Então, aqui estou eu.Quando ela finalmente saiu da sala de exame, parecia surpresa ao me ver ainda sentado ali

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