A noite estava pesada, densa como um manto de trevas envolvendo a floresta. O vento soprava entre as árvores, carregando um cheiro úmido de terra revirada e algo mais... algo podre, corrompido.Kael sentiu a presença antes de vê-la. Seu instinto gritou um alerta silencioso. Ao seu lado, Lírica rosnou, os olhos âmbar brilhando na penumbra.— Isso não é normal. — A voz dela era um sussurro afiado, carregado de tensão.Malthus, ainda exausto do ritual que haviam feito horas antes, cambaleou, apoiando-se em seu cajado. Seu rosto estava pálido.— Abrimos uma porta, e algo passou por ela.Então, a floresta se calou.Nenhum pássaro, nenhum farfalhar de folhas. Apenas um silêncio opressor que apertava os pulmões como uma mão invisível.Foi quando ela apareceu.A Criatura Sem NomeEntre as sombras das árvores, uma figura emergiu. Caminhava devagar, como se testasse o próprio corpo, sua pele cinzenta e opaca reluzindo fracamente sob a luz da lua. Seus olhos eram buracos negros, vazios de qualqu
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