— Ai, Isa, seus pais são sortudos de ter você, já vivem uma vida de rei... Eu nem espero ter essa sorte, só queria que a Gisele arranjasse um emprego. Isa, me ajude! — Pediu Fernanda, puxando a Gisele para frente. — Anda, peça para sua prima!Gisele sempre teve um gênio parecido com o de Fernanda, era orgulhosa, queria ser independente.Foi por isso que, tentando ganhar dinheiro sozinha, acabou caindo em golpe.Mas, depois de tudo o que passou, amansou bastante e aprendeu a ser mais humilde.— Prima, obrigada por ter me tirado daquela situação. Meus pais querem muito te agradecer... Querem convidar você e seu namorado para jantar com a gente. — Disse Gisele, baixando o tom.— Não precisa de nada disso. A gente é família. O que eu pude fazer, eu já fiz. — Respondeu Isabela, deixando claro que não ia passar daquilo.Ela já ajudou com o que podia, não queria que viessem pedir mais nada.E, sinceramente, nem pensava em levar Jorge para jantar com a família de Fernanda.Se Fernanda pedisse

Jorge tinha pensado que era outra coisa, mas só aquilo. Então ele disse, sorrindo:— Quando pedi para o Luan voltar e te ajudar a procurar apartamento.Ele e a Isabela já tinham até registrado o casamento, então precisava fazer algo pela família dela.Isabela olhou para ele, sem entender direito, sentiu o nariz arrepiar e os olhos ficarem vermelhos.— Por que você não me falou antes?— Eu não disse que, se você ganhasse o processo, te daria um presente? E aí, gostou desse presente? — Ele perguntou, sorrindo.Jorge ainda nem tinha terminado de falar quando Isabela já o abraçou forte.— É um presente valioso demais.Ela também tinha pensado em comprar uma casa para os pais, mas não tinha dinheiro suficiente para o imóvel que tinha gostado.Os pais dela ainda estavam saudáveis, então ela preferia esperar um pouco.Jorge passou o braço na cintura dela.— Isso é coisa pequena, olha só você, está chorando? — Ele largou as coisas que carregava e passou a mão nos olhos dela, limpando as lágrim

Isabela afastou a mão dele, empurrando ela para trás.Eles estavam na casa dele, com tanta gente por perto, e ele ainda assim não se comportava.Ela olhou para ele por cima do ombro e disse:— Estou falando sério, eu também quero ter um filho.Ela mesma desejava aquilo, e também queria ver ele feliz.Aquela casa realmente era silenciosa demais.O olhar de Jorge ficou tão suave quanto a água de um rio na primavera. Ele a encarou em silêncio, disse com a voz baixa e clara:— Obrigado.— Somos marido e mulher, para quê agradecer? — Isabela respondeu, pegando a mão dele, mas quando viu Alícia se aproximar, soltou rápido.No fim das contas, eram um casal de verdade. Mas ela ainda fazia parecer um caso escondido.Jorge riu baixinho, se divertindo.Alícia chegou segurando uma caixinha, se sentou de novo ao lado de Isabela e abriu a tampa.— Considere como parte do dote.Dentro da caixa, havia um colar de esferas de jade e um anel, ambos de um verde imperial impecável. Principalmente o colar,

Clara virou o rosto com ar de birra.Daquele jeito, parecia mesmo uma criança mimada.Isabela não se importou e sorriu radiante:— Claro que gostei! Algo tão caro assim, eu nunca tinha visto na vida!— Humph! Eu já sabia... Você está com meu irmão só por causa do dinheiro da nossa família. — Clara cruzou os braços.Isabela continuou sorrindo:— Ah, é mesmo... E o pior é que seu irmão adora exatamente esse meu jeito de interesseira.— Você... — Clara nunca conseguia levar vantagem com Isabela. Não ganhava no argumento, muito menos na briga. Afinal, a mãe e o irmão dela ainda por cima viviam do lado de Isabela.Ela ficava indignada com aquilo.Naquele momento, Jorge saiu do escritório, viu a irmã e foi até ela.Ele tinha ido resolver umas coisas de trabalho.Ele chegou perto e cutucou Clara com a perna:— Dá licença.Clara levantou a cabeça:— Eu cheguei aqui primeiro! Não pode sentar do outro lado?Jorge nem respondeu, se sentou bem no meio, separando as duas.Isabela riu e perguntou:

Jorge ergueu o olhar.Isabela recolheu a mão de forma natural e ofereceu a ele um pedaço de fruta perto da boca.— Você mudou de cara quando ouviu que meu pai não podia voltar para casa.Isabela percebeu a expressão que passou rápida no rosto dele.Jorge comeu a fruta que ela entregou, mas já mudou o assunto:— Sobe na cama. A gente conversa lá.Isabela ficou sem palavras por um momento.— Eu não estou com sono agora. — Ela resistiu.Ele não respondeu, apenas ficou olhando direto para ela, com um olhar tão intenso que parecia despir cada defesa. Nos olhos escuros dele, não se escondia o desejo ardente.Isabela sentiu o corpo inteiro estremecer sob aquele olhar.Não era culpa dela cair tão fácil.Era algo que fugia do controle.— Eu vou trocar de roupa.— Não precisa.Ele avançou, se deitou sobre ela e, sem cerimônia, começou a abrir a roupa que ela usava com familiaridade.Ela manteve os olhos abertos, ergueu o rosto para encontrar os lábios dele e murmurou, num tom suave:— Eu ando me