(Christian)Olhei novamente na direção onde Ariel estava, mas os dois já tinham sumido e o carro quase saindo do estacionamento. Senti uma onda de preocupação me atingir. Não importava o quão racional eu tentasse ser, a ideia de Ariel estar sozinha com Noah me incomodava profundamente.一 Vamos logo. - Eu disse, puxando a mão de Katherine para entrarmos no carro. 一 Esse clube é maravilhoso! Mas me diz, vamos terminar a noite juntos, na minha cama? - Ela me perguntou enquanto colocava o cinto de segurança. Liguei o carro, não respondi e saí atrás do carro de Breno e Alicia. Minha determinação em não deixá-la desacompanhada, mesmo que apenas por um momento, me fez dirigir mais rápido do que o normal em direção ao clube.No clube, quando chegamos ao VIP, encontrei Noah e Ariel sentados juntos, conversando e rindo. Seus olhares se voltaram para nós com surpresa e, por um instante, pude sentir o peso do seu olhar sobre mim antes de se desviar rapidamente. Alicia, Breno e Jessica chega

10 de setembro — Segunda-feira(Ariel)Acordei naquela manhã com uma energia boa, decidida a começar a semana de um jeito diferente. Tomei um banho demorado, vesti algo confortável e fui tomar café com a Jess. A gente ainda trocou umas risadas, mas ela teve que sair correndo porque tinha uma consulta médica marcada.Fiquei sozinha e segui pro trabalho, aproveitando o sol da manhã batendo no rosto. O vento estava fresco, e pela primeira vez em dias, eu me senti... tranquila.Quando cheguei à empresa, já entrei no modo “foco total”. Só que, assim que pisei no corredor que dava acesso a sala de Christian, percebi que algo estava estranho. Tudo estava silencioso demais e as luzes ainda apagadas. Ninguém na copa, ninguém rindo, nenhum som de passos nos corredores.— Que esquisito... — murmurei, deixando a bolsa sobre a mesa e ligando o computador e fui até a mesa dele, ligar o ar e os outros aparelhos. Foi aí que ouvi vozes vindas do banheiro privativo. A princípio, achei que fosse coisa d

11 de setembro — Terça-feiraO som insistente do celular me tirou do sono pesado. Por um segundo, achei que fosse o despertador, mas o relógio marcava 05:10 da manhã.— Ah, não... — murmurei, tateando o criado-mudo até encontrar o aparelho. Atendi sem nem olhar o visor. — Alô?Minha voz saiu rouca e um pouco arrastada.— Ariel? Aqui é o Alan. Preciso falar com você, é urgente.Senti sua voz tensa, apressada e isso me fez despertar na hora. Alan era o servidor da Coreia do Sul com quem eu mantinha contato direto e ele não ligava à toa.— O que aconteceu? — perguntei, sentando na cama e tentando afastar o sono.— É sobre o contrato com o Jaewon, aquele CEO coreano que está fechando com a empresa do Sr. Mitchell. Ele recebeu outra proposta... e parece que está considerando aceitá-la.— O quê? — endireitei o corpo na cama, sentindo meu coração acelerar — Mas ele já tinha dado a palavra!— Eu sei, mas a outra empresa está oferecendo condições melhores. Se ele decidir mudar de lado, o acor

Fiquei alguns segundos parada, tentando processar o que ele tinha acabado de dizer.— O quê? — minha voz falhou, tomada por indignação. — Como é que é?Ele manteve aquele olhar dominador e o maxilar travado.— Eu tô falando sério, Ariel. Eu não quero ver você com ele.— Você não manda em mim! — explodi, sentindo o sangue ferver. — Não tem esse direito!Dei um passo pra frente, as mãos cerradas ao lado do corpo. — Se eu quiser ficar com o Alex, ou com qualquer outro homem, é problema meu!Christian passou a mão pelos cabelos, visivelmente tenso. — Você não entende...— Entendo sim! — interrompi com a voz tremendo. — Você quer me controlar! Quer decidir com quem eu posso falar, com quem eu posso sorrir, e eu não vou aceitar isso!— Não é sobre controle, Ariel. — ele rebateu, num tom mais baixo, mas ainda intenso. — Eu só... não quero ver você com ele.Soltei um riso nervoso. — Por quê? Por ciúme?Ele desviou o olhar, apertando os punhos. — Eu não quero falar sobre isso.— Então é iss

 (Ariel) Um gemido baixo escapou de seus lábios, e eu senti um aperto no peito ao perceber que ele estava consciente. Mesmo com a dor e o caos ao nosso redor, o simples fato de ele estar ali, ainda respirando, trouxe um certo conforto em meio à tragédia iminente. O coração batendo descompassado no peito, eu olhei para Christian com preocupação estampada em meu rosto. Seu gemido de dor ecoou pelo espaço, cortando-me como uma faca afiada.  ー Christian, você está bem? -  perguntei, minha voz trêmula enquanto observava a expressão de dor em seu rosto. Ele assentiu com a cabeça, mas sua respiração estava rápida e irregular. Com cuidado, ele tentou se mover, mas soltou um grunhido abafado ao percebe