279. Pelo menos eu não morri
Gabrielle Nunca acreditei que as coisas fossem imutáveis, tampouco as pessoas. A ideia de que tudo é fixo e predestinado sempre me pareceu uma ilusão confortável para aqueles que temem encarar o caos da realidade. O mundo está em constante mudança, e as pessoas, mais ainda. Algumas transformações acontecem aos poucos, como a erosão moldando uma montanha. Outras, no entanto, ocorrem como uma explosão repentina, destruindo o que existia antes e dando lugar a algo inteiramente novo. E por mais que eu tentasse resistir a isso, no fundo, sabia que estava além do meu controle. A partir do momento em que compreendi que nada neste mundo era definitivo, decidi que, se mudanças fossem inevitáveis, eu ao menos deveria direcioná-las a meu favor. Não importava quão difícil fosse, quão trabalhoso fosse moldar pessoas e circunstâncias de acordo com minha vontade—nunca recuei diante de um desafio. E agora, mais do que nunca, não seria o momento de começar. Lembro-me das inúmeras
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