Beatriz levava Stella todos os dias para visitar Antonella, e a presença da bebê era um bálsamo para a alma da mãe. Maicon havia lutado para convencer os médicos de que a presença da bebê era essencial para a recuperação de Antonella, e embora eles estivessem inicialmente relutantes, acabaram cedendo ao pedido dele. Agora, com o câncer controlado e a quimioterapia iniciada, Antonella estava finalmente pronta para deixar o hospital. A perspectiva de voltar para casa e cuidar da filha em um ambiente mais tranquilo era um grande alívio. Beatriz havia sido um anjo na vida de Antonella, cuidando de Stella com todo o amor e dedicação, e agora Antonella estava ansiosa para retribuir esse amor e cuidado. Oliver empurrava a cadeira de rodas de Antonella pelo corredor do hospital, seu rosto sorridente e corado mostrando que ela estava cada vez melhor. A cada passo, Antonella sentia uma sensação de liberdade que há muito tempo não experimentava. Ela estava ansiosa para deixar para trás a

Após conversar com Heron, Oliver seguiu para seu novo escritório, ele precisava estar presente para uma reunião que não podia ser remarcada. A reunião estava em pleno andamento. Oliver, cercado por seus novos sócios, discutia os detalhes de um novo projeto que há anos estava no papel e que poderia revolucionar o mercado. A sala estava cheia de energia e expectativa, com todos os presentes engajados na discussão. No entanto, a atmosfera foi abruptamente interrompida quando a porta se abriu com um estrondo, e Cléo, a mulher que havia realizado a inseminação trocada em Antonella, entrou na sala com um olhar desesperado. Lilia, a secretária, entrou logo atrás dela, parecendo nervosa e apologética. — Desculpe senhor, não consegui impedir.— disse Lilia, sua voz trêmula. Oliver franziu a testa, surpreso com aquela atitude. Já fazia anos desde que haviam se visto pela última vez, quando Oliver foi até a clínica de Cléo para ser doador de sêmen. Ele não entendia o que Cléo queria agor

Cléo respirou fundo antes de começar a falar, seu olhar fixo em Oliver, com uma intensidade que parecia perfurar sua alma. — Meses atrás, Eloisa foi à minha clínica para fazer uma inseminação artificial... — disse ela, sua voz entrecortada, como um fio de Ariadne prestes a se romper. Oliver ouvia atentamente enquanto Cléo falava, sua expressão se tornando uma máscara de choque e incredulidade. Ele sempre havia pensado que conhecia Eloisa, mas agora percebia que havia sido cegado por seu carinho por ela. Chegando a acreditar que realmente tinha culpa de tudo de ruim que acontecia com ela, os acidentes, as quedas, as idas para o hospital após suas tentativas de suicídio. Era algo que o torturava, obrigando-o a permanecer em um relacionamento que não existia amor. — Mas para que ela precisaria fazer uma inseminação se ela já estava grávida?— perguntou Oliver como se estivesse em negação. — Ela havia perdido o bebê que vocês estavam esperando após uma queda de escada na casa dos

Antonella se agarrou a ele, sentindo a força e o amor que ele emanava, como se ele fosse o seu porto seguro. Oliver colocou a pequena na cama e se voltou de frente para Antonella, com as pontas dos dedos, ele levantou seu queixo e sorriu, seus olhos brilhando de amor e adoração. Ele a beijou suavemente, sentindo as lágrimas dela escorrerem pelo seu rosto. — Eu amo você, Antonella. — disse ele, sua voz baixa e sussurrada, como se fosse um segredo compartilhado entre os dois. — Agora, minha felicidade só ficará ainda maior quando eu te ver entrando na igreja de vestido de noiva, a nossa filha na frente, jogando as flores e você dizendo sim, que vai me amar para a eternidade. — ele finalizou com um sorriso e um beijo em seus lábios, ao se separar encontrou seus olhos brilhando de amor, Antonella sentiu seu coração bater mais forte. Assim eles ficaram abraçados, sentindo o calor um do outro, o silêncio apenas quebrado pelo som suave da respiração de Stella, que dormia tranquilamente.

Liam se debateu no chão, seu corpo inteiro vibrando com uma raiva surda e uma dor que parecia rasgar suas entranhas. Heitor estava com um pé sobre ele, seu peito arfando com uma indignação que fazia suas narinas latejarem. — Você não tem ideia do que está fazendo, Liam — disse Heitor, sua voz trêmula de raiva. — Você está destruindo a si mesmo. Será que não consegue ver? Beatriz estava paralisada, seu corpo congelado em um medo que a impedia de respirar. — Heitor, por favor, pare! — disse ela, sua voz fraca e suplicante. Mas Heitor não estava disposto a ouvir. Ele estava cegado pelas lembranças, sua raiva e frustração consumindo-o completamente. — Não há solução para você, Liam! — disse Heitor, sua voz gélida e cortante. — Você precisa admitir o que fez de errado, e precisa agora! Nossos pais não merecem isso. Eu não quero ver meu irmão descobrir da pior maneira como deve ser um homem! Liam olhou para Heitor com um ódio que queimava em seus olhos, uma raiva que parecia co