— Mãe. — Ao ouvir isso, Túlio ficou tenso e perguntou com apreensão. — O que você está querendo fazer?— O que você acha? — Júlia lançou um olhar furtivo ao filho, um leve sorriso no canto dos lábios. — O que mais eu poderia querer fazer? Filho, se eles estão com problemas, então essa é a sua chance.— Mãe! — A expressão de Túlio mudou, e ele falou em um tom baixo e repreensivo. — Para de falar besteira! Eu e a Karina somos apenas amigos agora. Ela está casada, e eu já aceitei isso há muito tempo.Túlio temia que a mãe aprontasse alguma loucura de novo.Ele a advertiu:— Você não pode fazer nenhuma besteira. Se machucar a Karina, eu nunca vou te perdoar.— Não vou, não vou, a mãe já entendeu que errou, não vou fazer nada. — Júlia balançava a cabeça repetidamente.Ela já não se atrevia a fazer mais nada. Para ela, a vida do filho era como algo que foi arrancado das mãos da morte.— Mas, Túlio, mesmo que a gente não faça nada... Se a Karina e o Sr. Ademir se separarem, você ainda vai ter

— O que foi? — Disse Júlia. — Justamente agora é o momento em que a Karina mais precisa de cuidados. Se eu não viesse agora, ia esperar até quando?— Mãe. — Túlio estava claramente frustrado. — Eu já te falei, eu e a Karina somos só amigos...— Mas, no fundo do seu coração...— Sim, eu gosto dela. — Túlio admitiu sem hesitar. — Mas eu nunca vou destruir o casamento dela. Quando a gente realmente ama alguém, o que mais quer é que essa pessoa seja feliz. Eu também sou assim. Eu quero que a Karina tenha um casamento feliz. Você entende?Júlia não conseguia aceitar essa resposta:— E você? Já pensou em você mesmo?— Se a Karina estiver feliz, então eu também estou. — Túlio respondeu com sinceridade. — A escolha é dela, só ela pode decidir. O que eu posso fazer é estar por perto e ajudar quando ela precisar.— Túlio...— Mãe. — Disse Túlio com firmeza. — Não me pressione. E não pressione a Karina também. Você sabe o quanto eu gosto dela. Eu já a machuquei antes. Daqui para frente, só se ela

— Desce logo! — Túlio estava extremamente nervoso, sem tempo para qualquer explicação.Estendeu o braço, se inclinou e empurrou Karina para baixo!Atrás de Karina havia apenas a grade de proteção; suas costas colidiram contra ela.Antes que pudesse reagir, o Porsche vermelho colidiu diretamente com o Pagani do Túlio!A carroceria do Pagani saltou com o impacto, e Túlio, no banco do motorista, foi lançado violentamente para cima!— Não! — Karina viu tudo com os próprios olhos, as lágrimas escorriam silenciosas por seu rosto. — Nuvem, Nuvem...Antes que conseguisse se aproximar, o Porsche vermelho deu marcha à ré bruscamente, como se estivesse se preparando para um novo ataque e, em seguida, se lançou novamente contra o Pagani!— Não! — As lágrimas de Karina caíam como chuva!E então, como antes, o Porsche recuou mais uma vez... E colidiu de novo com o Pagani!Dessa vez, o impacto foi ainda mais violento, mais feroz! Jogou o Pagani pelos ares!Não apenas o Pagani, o Porsche vermelho tamb

— É mesmo. — Júlio concordou ao lado. — Karina, a polícia realmente não encontrou ninguém no Porsche.Karina soltou uma risada sarcástica, os olhos vermelhos de raiva:— Ouçam isso! Isso parece real para vocês? Não encontraram ninguém? O Porsche dirigia sozinho? Foi o próprio carro que atropelou alguém?— Karina... — Disse Júlio. — A polícia com certeza vai esclarecer tudo, só precisamos dar um tempo para eles...— Dar tempo para quê? — Karina retrucou. — Para vocês protegerem ela?— Karina... — Júlio ficou sem palavras, a boca entreaberta, atônito.— Karina...— Ademir. — Karina ergueu a cabeça. — Eu vi com meus próprios olhos, como isso pode ser mentira? Um Porsche vermelho, aquele é o carro da Vitória. A placa também é dela. Me diga, eu estou errada?— Não. — Ademir franziu a testa e assentiu. — Eu não estou tentando proteger ela, só estou te dizendo que ela realmente não estava dentro do carro.— E onde você escondeu ela? — Karina apertou.— Eu juro que não escondi ninguém. — Ademi

O policial perguntou novamente:— Então, por favor, explique por que o seu carro sofreu um acidente na ponte sobre o mar, no trecho da estrada Ponte do Deus do Vinho, e acabou caindo no mar?— O quê? Isso aconteceu mesmo? — Vitória parecia completamente confusa, até se sentou ereta. — Policial, meu carro foi levado para a oficina há dois dias para fazer manutenção. Se vocês não tivessem me contado, eu nem saberia disso!— Mentira! — Karina estava cada vez mais exaltada, as mãos cerradas em punhos. — Ela está mentindo!— Karina, Karina! — Ademir a abraçou com força. — Se está mentindo ou não, a polícia vai verificar. Eles não vão acreditar só no que ela diz. Mas ela tem o direito de falar, não tem?— Verificar? — Karina assentiu com firmeza. — Tudo bem, então verifiquem! Agora! Manda eles se apressarem!Seus olhos já estavam começando a ficar vermelhos.Ademir, ao mesmo tempo em que sentia compaixão, também estava muito preocupado. Ele olhou para Filipe e apressou ele:— Rápido! Verifiq