— O quê? — Ademir parecia um pouco confuso, abaixando a cabeça para olhar.Era um cartão fino, familiar de certa forma.— É o seu cartão. — Karina sorriu e o empurrou de volta para as mãos dele. — Já devia ter devolvido faz tempo, mas agora que saio só com o celular, nunca carrego comigo. Quase esqueci de novo há pouco. Ainda bem que você não foi longe.Depois de falar, ela deu um passo para trás, se afastando do abraço dele.Num instante, o rosto de Ademir endureceu, e ele perguntou:— Você saiu correndo só por causa disso?— Sim. — Karina respirava mais calmamente, um pouco sem jeito. — Agora, só posso devolver o cartão para você.O dinheiro que estava nele, ela havia usado. E se sentia mal por isso, já que não tinha como devolver ao Ademir no momento.Ademir, no entanto, não prestava atenção ao que ela queria dizer com aquelas palavras. O que o perturbava era que Karina não queria mais o cartão dele. Ela estava, pouco a pouco, se afastando do mundo dele!— Então vou me preparar para
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