Karina arqueou as sobrancelhas e sorriu:— Veja só.Ademir balançou a cabeça, decidido:— Não vou vê-la.— Está bem. — Maia, ao ouvir essas palavras, saiu.Pouco tempo depois, Maia voltou.Seu rosto estava marcado pela indecisão, claramente sentindo que estava lidando com um problema:— Sr. Ademir, já falei com ela, mas ela disse que, se não puder vê-lo hoje, não vai embora.Karina soltou uma risada fria, sem som, como sempre, ela sabia como insistir nas coisas.— Não vou vê-la. — Ademir franziu a testa, também começando a se sentir incomodado. — Se ela quiser esperar, que espere.Ele se perguntava o que ela pensava que era a mansão Mission Hills. Se tivesse coragem de ficar muito tempo na porta, certamente os seguranças a levariam embora.— Tudo bem, Sr. Ademir. — Maia soltou um suspiro de alívio, talvez por si mesma, talvez por Karina.Karina rasgava uma fatia do pão recém-assado:— Este pão está excelente, Maia, sua habilidade é tão boa quanto a da Wanessa.— Não foi ela quem fez. —

Sem dar tempo para Vitória reagir, Karina mudou de assunto.— Quem é quem? — Vitória abriu a boca, e a expressão em seu rosto já entregava tudo.Karina sorriu. Não era à toa que tinha sido atriz. Se não tivesse se desfigurado, sua performance agora poderia ganhar prêmios!Karina falou com certeza:— Você sabe de quem estou falando, aquele que fez o pagamento na conta estrangeira. Como foi que vocês fizeram isso? Juntos, prejudicaram o Túlio!O rosto de Vitória ficou pálido, e ela respondeu:— Eu não sei do que você está falando...— Vitória. — Karina interrompeu ela impaciente. — Não estou perguntando, estou fazendo uma proposta. Se você me contar, eu te ajudo. Caso contrário, sua loja... Não terá mais chances.— Eu não sei! — Vitória ainda se recusava a admitir e balançava a cabeça. — O que você quer que eu diga? Já falei várias vezes, o que aconteceu com o Túlio não tem nada a ver comigo!— Certo. — Karina assentiu. — Então, quer dizer que você não quer fazer esse acordo?— Eu... — V

— Ela está agora na delegacia. — Ademir disse calmamente.Delegacia?Karina ficou atônita. "Ele mandou Vitória para a delegacia? Como isso pôde acontecer?"Karina não entendia:— Então, você está tão irritado porque a mandou para a delegacia? Ora, não a mande, quem mandou você...— Cala a boca. — Ademir estava visivelmente irritado. — Agora, não quero ouvir essas palavras de você.Karina fez uma pausa e sorriu levemente."Se não quer que eu fale, então que assim seja. Como se eu quisesse realmente falar com você."Ao voltar para a mansão Mission Hills, foi Ademir quem a carregou.Karina resistiu:— Eu tenho uma bengala, consigo andar sozinha, não preciso fazer força com a perna esquerda.Mas Ademir não ouviu, simplesmente a carregou e entrou com ela.Ao entrar na sala de estar, Joyce correu para fora.— Mamãe! Tio!Quando viu os dois juntos, a pequena bola fofa sorriu de orelha a orelha.Ao perceber que o tio estava carregando a mamãe, imediatamente tapou os olhos, mas continuou sorri

— Me diga, por que fez isso? — Ademir levantou a mão e segurou o rosto de Karina, forçando ela a encará-lo.— Porque... — Karina hesitou antes de falar. — Quero que ela saiba que, às vezes, a ausência de provas não significa que ela não cometeu um crime! Porque eu quero que a polícia investigue ela! Ela esconde muitas coisas, só que são bem ocultas!Após essas palavras, o ar ficou repentinamente pesado.Depois de um momento, Ademir suspirou levemente:— Entendi.Com a ponta dos dedos, ele acariciou suavemente o rosto dela.— É tão difícil me dizer com palavras? Por que você precisa se machucar?— Porque eu não confio em você. — Ela sorriu daquele jeito, como sempre. — Agora você está separado dela, parece que gosta mais de mim, mas quem sabe, na hora crucial, você não vai acabar protegendo ela?Karina olhou para suas próprias pernas.— A Vitória sempre te amou. Diferente de mim, que te enganei, te traí, e te fiz ficar chateado. Fazendo isso, não estou parecendo uma pessoa miserável?Ka

— Não há mais nada?— Não. — Karina respondeu. — Se não fosse por um acaso, nós não estaríamos juntos agora.Ademir ainda insistia:— Então, você já pensou que esse acaso que você mencionou pode ser a conexão que ainda não cortamos?Karina ficou surpresa, mas logo negou:— Não acho. Mesmo que seja destino, é um destino ruim.Ademir sorriu amargamente, seus lábios se curvando.Tudo bem, Karina pensava assim agora, mas o futuro poderia ser diferente. As pessoas estavam sempre mudando.Enquanto Karina estivesse assim, ainda havia esperança.— Falo sério. — Karina retomou o assunto. — A delegacia ainda precisa ser avisada. O que você pensa, não importa, mas, de fato, ela não me empurrou de propósito, mas ela me segurou.Embora odiasse Vitória, a educação que Karina recebeu não lhe permitia negar os fatos.Vitória precisaria receber a punição que merecia.— Certo. — Desta vez, Ademir não insistiu.Ele percebeu que Karina estava sendo séria.Se era algo que Karina queria fazer, ele naturalme