Camila permaneceu em silêncio, com uma mistura de sentimentos que não conseguia expressar.Mas, em pouco tempo, se acalmou. Conhecia Lucas o suficiente para saber que ele era um homem racional e jamais colocaria sua saúde em risco por impulso.Gustavo, constrangido, olhou para Camila e disse:— Menina, por que você não volta?Camila balançou a cabeça, recusando:— Encontrá-lo eu posso a qualquer momento. Aqui, no entanto, não podemos perder tempo. Assim que o esconderijo for aberto, as pinturas antigas precisarão de restauração imediata. Quanto mais o tempo passa, mais difícil será repará-las.Gustavo sorriu, ainda que com um ar de culpa:— Obrigado pelo esforço.— Não é esforço algum. É meu trabalho, e eu gosto do que faço.Elisa, que ouvia a conversa, sentiu um calafrio percorrer a espinha. Na cabeça dela, Camila tinha acabado de deixar claro que, para ela, algumas pinturas valiam mais do que seu irmão.Incomodada, Elisa pegou o celular e se afastou discretamente. Mandou uma mensagem
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