Liam RodriguesA ideia de passar um tempo a sós com a Priscila veio dela, mas, pra ser honesto, eu já pensava nisso fazia tempo. Desde que nos juntamos, somos sempre nós dois e as crianças — o que, pra mim, virou o centro do mundo. Mas sentir só ela por algumas horas... sem o caos doce da nossa rotina... parecia necessário. Intimidade também se constrói no silêncio, nos olhares calmos, na ausência de interrupções.Só que, junto com essa vontade, veio o medo.Medo dela perceber que não me ama. Que talvez tudo isso — nós — seja só um abrigo temporário. Uma pausa antes da vida dela recomeçar sem mim. Mas mesmo com esse nó no peito, eu queria tentar. Queria dar a nós a chance de respirar fora da rotina, de nos enxergar como homem e mulher, não só como pais improvisados numa casa sempre cheia.No fim do dia, quando o Max chegou trazendo as meninas depois de um passeio, achei que era hora de falar com ele. Mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele me convidou pra subir. A Rafaela t

Liam Rodrigues Eu podia ver a alegria nos olhos da Priscila. Era diferente de todas as vezes em que a vi sorrir — dessa vez, era leve, genuína... felicidade pura. E saber que eu fazia parte disso? Que era um dos motivos desse brilho nos olhos dela? Isso me deixava completo. Ela pediu pra ver as estrelas, e do lado de fora havia um espaço incrível com cozinha externa, piscina e uma hidromassagem sob um céu limpo, salpicado de estrelas. — Amor, olha o que eu achei — ela disse, surgindo animada com duas taças e uma garrafa de vinho nas mãos. — Ah, então hoje vai beber? — perguntei com um olhar maroto, arqueando a sobrancelha. Ela riu daquele jeito que faz meu peito aquecer. — O tio G****e disse que posso tomar uma tacinha de vez em quando... e hoje eu mereço — respondeu com aquele sorrisinho teimoso e fofo que sempre me desarma. — Então vou confiar em você. Mas não exagera, viu, rebelde? — provoquei, rindo, enquanto ela me entregava a taça. — Não se preocupe — respondeu, piscando.

Liam Rodrigues O vento marinho arrancou um fio loiro do rosto da Priscila, grudando-o nos lábios ainda sujos de chocolate. Antes que ela o soprasse, prendi a mecha sedosa entre meus dedos. Puxei com cuidado, trazendo seu rosto perto do meu. — Algo me diz que foi de propósito... — sussurrei, a voz já rouca como lixa. Os olhos dela, brincalhões há pouco, escureceram num piscar. A resposta veio sem palavras — apenas seus lábios sobre os meus. Um beijo que começou doce como o fondue e explodiu em labareda. Seus dedos enterraram-se nos meus cabelos, puxando com uma urgência que me fez gemer contra sua boca. Empurrei-a contra o pilar de concreto da cozinha externa, meu corpo se moldando ao dela como se fosse feito pra caber ali. Ela arqueou, encaixando os quadris nos meus com uma precisão que me arrancou o fôlego. — Liam...— Ela suspirou meu nome, quebrado, enquanto minha boca descia pelo seu pescoço, mordiscando a pele macia abaixo da orelha. Suas mãos percorreram minhas costas, dep

Priscila Barcella Passamos a manhã na praia aproveitando aquele lugar maravilhoso, o depois de uma manhã na praia e sinceramente eu estava cansada do sol.E o convidei para Assistir um filme acho que nunca tínhamos feito isso assistir um filme só nos dois.— Fiz pipoca do jeitinho que você gosta — ele disse, todo satisfeito, trazendo a tigela enorme com aquele cheirinho doce que me fazia esquecer qualquer dieta.— Hum… tá perfeito — falei, pegando logo um punhado. — Agora, só falta escolher o filme. Eu tô entre uma ficção científica bem cabeça ou uma comédia romântica bem clichê.Ele pegou o controle da TV como se estivesse prestes a fazer um anúncio importante.— Então você vai amar a minha ideia: hoje é dia de maratona Pablo e Luisão!Parei no meio da mastigada e virei o rosto pra ele, incrédula.— Você tá brincando, né?— Por quê? É hilário! Tem o Paulo Vieira criança, Aílton Graça brilhando como Luisão, planos mirabolantes, caos, amor de família. É tudo que a gente precisa pra re

Priscila BarcellaEra maravilhoso estar de volta em casa. Sentir o cheiro de café no corredor, ouvir as vozes misturadas das crianças, a Nina resmungando no meu colo e o som abafado do Liam brincando com o Ítalo... Meu coração se aquecia.Mas, mesmo entre tantas demandas, eu sabia: precisava encontrar tempo para mim. Para nós dois.Namorar…Eu não sabia que podia ser tão gostoso. Tão simples e, ao mesmo tempo, tão transformador. É como se meu coração tivesse descoberto um novo ritmo — mais leve, mais meu.A rotina voltou e, com ela, as pequenas alegrias. Ítalo estava empolgado com a nova amizade com o Liam — e vê-los se aproximando aquecia meu peito de um jeito difícil de explicar.Liam tinha ido colocá-lo na cama, e eu aproveitei para dar de mamar à Nina. Ela adormeceu tranquila, com os lábios ainda entreabertos no peito, e eu a acomodei com cuidado no berço. Depois, fui com as gêmeas, Belinha e Mavie, prepará-las para dormir.Elas estavam cansadas, mas como sempre, queriam conversar