Emma . Nos despedimos da festa em meio ao rescaldo do tumulto, a tensão ainda pairando no ar como um fio prestes a se romper. Eu me aproximo de Luke, que me envolve num abraço firme e reconfortante, como se, por um momento, pudesse proteger não só meu corpo, mas também todas as tempestades internas que eu carregava.— Me perdoa, pequena — sua voz saiu quase num sussurro rouco, cheio de peso e arrependimento.Senti o calor da sinceridade naquilo, e mesmo com o turbilhão da noite, uma calma me envolveu.— Obrigada por me defender — respondi, sentindo o olhar dele me atravessar, breve, porém carregado de algo não dito. Ele sorriu, um sorriso que misturava alívio e uma tristeza contida.Caminhamos juntos para o carro, o silêncio confortável entre nós como se falasse por si só. Luke deu partida, e o ronco do motor parecia afundar na madrugada silenciosa. A chuva fina martelava contra os vidros, cada gota um lembrete das emoções que se agitavam por dentro, enquanto o mundo lá fora se disso
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