- 05 | Não vou dormir no sofá

☬ - 05 | Não vou dormir no sofá

"Não há nenhuma dor que se compare à perda de um ente querido. Não há nada que repare o sofrimento de ver alguém que amamos partir. Para quem fica, resta a saudade, a tristeza e a inconformidade..." — Autor desconhecido

...ᘛ...

Bronck volta para a sala e admira a casa do seu filho. Não esperava menos dele já que desde muito novo gostou da vida de luxo.

Pega sua mala e vai para um dos quartos.

— Merda! Está vazio. — Murmura assustado. Entrando nos outros dois quartos que tinha no segundo andar, estão da mesma forma. — Que porra essa? Onde irei dormir? — Não acredito não vou dormir no sofá. Ah! Não vou mesmo!

Entrando no quarto do seu filho a encontra já adormecida. Tenta acordá-la.

— Menina. — Sussurro. — Droga! — Espragueja pegando sua mala e procurando uma roupa adequada já que vai dormir em sua cama. Entrando no banheiro, toma um banho e chora tudo o que pode no chuveiro.

Se recuperando procura na internet um lugar para pedir o jantar.

— Vou esperar na sala, assim que a comida chegar venho acordá-la. Dessa forma pode descansar um pouco. Tenho que me comportar é a esposa do meu filho. — Pensa: Não posso esquecer isso!

40 minutos depois...

Acordando ela percebe que está em sua cama.

— Tive um pesadelo, sonhei que meu marido tinha morrido e até o meu sogro já morto aparecia no sonho. — Suspira aliviada. — Acho que foi Deus me castigando por reclamar dele hoje. Ainda bem que foi só um pesadelo. Percebendo que está tudo escuro se dá conta que a qualquer momento seu marido poderia chegar e ainda não tinha preparado o jantar.

— Merda! Dormir a tarde toda, que droga!

Se levantando com dificuldade. Acredita que as dores são porque dormiu demais.

Pensou: vou tomar um banho, colocar uma camisola e esperar por ele.

— Farei uma surpresa.

Com alegria tomo um banho, coloco uma linda camisola, aquela que mais gosta.

— Estou pronta. — Resolve descer e pegar um vinho. — Vou fazer as pazes com meu marido. Estou na cozinha, quando escuto a porta da frente se abrindo.

— Ele chegou! — Correndo para a sala com a garrafa de vinho nas mãos ela o chama. — Querido?

Se deparando com o cara do seu sonho, o vinho cai de suas mãos. Ali confirma.

— Não foi um sonho! — Sussurrou.

Bronck a olha assustado. Repete diversas vezes em sua mente: foi real. Eu fiquei viúva!

— O que aconteceu? — Perguntou Bronck confuso. — Deixe-me tirá-la daí.

Berriere está em choque. Tentando retirá-la de perto dos cacos de vidro acaba pisando em um.

— Merda! Espera, já te tiro daí menina.

— Eu realmente estou vivendo isso? — Pergunta para o Bronck. — Não posso acreditar. Sente braços a retirando do chão.

— O que aconteceu? Porque você está vestida assim?! E com uma garrafa de vinho nas mãos?

— Eu! — Lhe faltam as palavras. — Desculpa.

— Vou te colocar no sofá. — Informa me olhando pensativo e pergunta: — Cadê sua empregada?

— Não tenho. — Nota o espanto em sua cara.

— Sério? Quem mantém tudo aqui limpo?!

— Eu. — Ele a olha chocado até tenta disfarçar, mas falha feio. Se vira e vai até às sacolas de comida e retira uma embalagem entregando para ela.

— Coma! — Informa.

— Você está me oferecendo ou é uma ordem? — Bronck revira os olhos.

— Come! — O encarando séria reclama.

— Você é mandão!

— Olha! Só quero seu bem.

— Eu não vou comer, estou sem fome.

— Você precisa se alimentar, porque não vou ficar te carregando no colo para cima e para baixo não menina.

— Para de me chamar assim. — Responde gritando.

— Desculpa, você aparenta ser bem novinha.

— Para com isso de menina! Por favor.

— Ok. Coma por favor. — Resolve comer um pouco, ele também come e ambos ficam em silêncio por um bom tempo.

— Que comida gostosa. — Berriere geme com o misto de sabores em sua boca. Quando pigarreia.

— Amanhã o velório será às 14:00. — Ela engoliu em seco.

— Não consigo acreditar. — Diz respirando pesadamente, seus olhos lagrimejam.

— Nem eu, meu único filho. — Berriere o observa, parece segurar o choro com uma respiração pesada.

— Nem tive filhos, ele não queria. — Suas lágrimas descem sem ter como conter.

— Desculpa a minha indelicadeza, quantos anos você tem?

— Trinta e um. — Chocado a encara.

— Porra! Você tem cara de 17. — Declara boquiaberto.

— Devem ser as roupas, o cabelo sei lá.

— No momento você está quase nua. — Ela o olha com uma cara de desprezo. Pensou: tinha que falar da minha roupa logo agora.

— Não me olhe assim menina, sei que é difícil de acreditar, mas ele se foi. Você é jovem e poderá viver outros amores. Sei que é insensível da minha parte, mas vai por mim, chega uma certa fase da vida que não ter alguém fará falta. Eu sei bem como é. — Afirma respirando fundo e olha para o nada.

— Não ficarei com mais ninguém. — As palavras saem de sua boca sem nem pensar direito o que estava falando.

— Não faça isso menina, você ainda é jovem, aproveite a vida. Eu sei bem o que estou dizendo. — Agora quer me arrumar alguém? É o filho dele, meu marido acabou de morrer que insensível.

— Chega desse assunto. — Fala grosseiramente.

— Ok, ouvi que você não tem ninguém vivo em sua família, eu quero muito te levar comigo, nem que seja por um ano, até você se acostumar com a vida sozinha e espero que aceite.

Ela o olha e pensa se deve ou não contar que tem um irmão, ou se deve procurá-lo! Até que chega à conclusão que é melhor não, já que preferiu o Kamael do que tê-lo em sua vida. Acho que vou aceitar essa ajuda pelo menos até eu consegui caminhar sozinha.

— Ele realmente não vai voltar? — Pergunta, já sabendo a resposta. O choro a invade novamente.

— Não! — Responde com uma voz triste. — Vamos! Terei que dormir com você, eu não dormirei no chão.

— Tudo bem. — Se levantando vão para seu quarto. Nos deitamos e logo o sono me toma.

— Meu Deus! Perdi meu único filho. — Bronck passa a noite chorando, o sono o pega pela manhã.

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