Capitulo 2

Dominada por esta tal Elisa, começo tirar peça por peças das minhas roupas intimas. Assim como sutiã e calcinha, entre outras deixando uma capa preta sobre o meu corpo.

       O problema é, que quando me transformo em Elisa não lembro quem eu sou, esqueço que sou uma advogada renomada, e esposa de um respeitado delegado de polícia. E que sou uma dama da alta sociedade respeitada. Só não sei como consigo me transformar nessa mulher diabolicamente sedutora, e sensual.

E eu como Vanessa sou conservadora e religiosa que vou às missas todos os domingos. Sou respeitada por todos os vizinhos. 

          — E como foi, e quando começou? 

          — Tudo começou quando meu marido foi  promovido a delegado pelos anos trabalhados como policial. Ele fez um curso, e lutou para ganhar a promoção merecida.

E por sugestão do meu marido, eu comecei sair à noite em academias para não ficar sozinha em casa. E nesta academia conheci um amigo, na verdade, era meu professor, éramos amigos porque eu amava meu marido, e não queria me envolver com  ninguém por ser uma mulher bem casada. Entre aspas, digamos assim. E esse amigo, sempre soube disso, e um dia destes depois da aula ele me convidou para sair e conhecer a cidade.

Embora conhecendo, mas  precisava sair um pouco da rotina. E então, ele me levou ao um Shopping Center em que havia uma loja de roupas femininas, e me encantei por um traje que  me chamou atenção, e foi aí que a minha vida  mudou! 

         — Como assim? 

Perguntou Cristóvão Cruz! 

         — Era uma capa preta, e junto dela havia um par de luvas, e um vestido de seda da mesma cor brilhante curto até o joelho, um par de botas de couro cano longo. E pra completar vinha um chapéu de couro, também preto.

          Eu sempre gostei dessa cor desde criança. Comprei tudo e coloquei numa sacola, paguei e saímos, e fomos dar mais algumas voltas, a noite estava linda, a temperatura estava agradável, um convite para passear na bela cidade de Florianópolis. E durante o passeio este jovem professor meu amigo me convidou para beber uns drinques. A princípio eu não bebia, mas aceitei o convite, fomos ao um bar de um clube que se chamava "Clube dos prazeres'. O mais rico, e sofisticado, e luxuoso da bela cidade de Florianópolis. Freqüentado por homens importantes, como  empresários políticos! Ficava num prédio de três  andares, com cobertura no último andar.

No primeiro andar havia uma boate com pistas de dança freqüentada por jovens em geral. No  segundo andar era o que se faziam Shows de  Streep tease, com belas mulheres. E no terceiro andar havia suítes presidenciais, e saunas, piscina, salas, de jogos, bares, e restaurantes. O dono do clube era um empresário respeitado, e um homem de negócios.

E, honesto, é claro. Tudo ali era legalizado, ele não permitia que os clientes usassem drogas. Ele não queria seu nome envolvido em escândalos! Como eu estava dizendo: eu não era mulher de beber.  Mas aquela noite fazia muito calor. Então, eu resolvi acompanhar meu amigo para beber uns drinks, e  fiquei tonta.

Mais tarde fui ao toalete, e lá encontrei uma das dançarinas que fazia Show de Streep tease.

        Ela estava chorando, perguntei: o que estava acontecendo. Então, ela me contou que seu filho  estava doente, e não podia fazer o show, e pediu, por favor, pra que eu ficasse no lugar dela.

      A princípio eu disse que não podia porque era advogada, e uma mulher casada.  

          — Por favor, é a vida do meu filho que está em jogo! Faz isso por mim pelo menos esta noite!

          — Como? Se eu nunca fiz Streep tease na minha vida?

         — Faça de conta que vai fazer um show para o seu marido! 

         — Não posso, tenho um nome a zelar! 

         — Ninguém vai te reconhecer! 

         — Como assim? — Perguntei a ela. 

         — O que você tem nestas sacolas? — Perguntou ela.

         — É umas roupas que eu comprei! 

         — Deixe-me ver! 

— Ela olhou o que tinha dentro das sacolas, e encontrou os trajes e pediu para que eu vestisse, então, vesti um vestido preto de seda, e uma máscara que cobriam os meus olhos, e um chapéu.

       Soltei o meu cabelo, e coloquei um batom vermelho em meus lábios, e um par de botas de canos longos. E por cima do meu corpo coloquei uma  capa preta. Eu fiquei parecendo o zorro. Ela me perguntou: 

       — Como se chama?       Vanessa! 

       — Bom Vanessa, que tal criar um nome?

       — Que nome? Perguntei a ela! 

       — Que tal Elisa? 

       — É, gostei deste nome! 

       — Depois de estar vestida, bebi mais um copo de uísque gelado para criar coragem, então... Ela me  disse:  

        — Bom, agora vamos criar um Personagem

       — Personagem? Perguntei a ela.

       — Sim, temos que criar um personagem para que você não seja reconhecida, não era isso que você queria? 

       — E, não quero, só estou fazendo este sacrifício por causa do seu filho, mas me diz qual é o nome da personagem? 

       — Que tal a mulher da capa preta? 

       — Está bem, mas é só hoje. 

       — E assim que tudo começou. E quando eu entrei no  palco com álcool na cabeça é claro, esqueci quem eu era. Então, surgiu outra mulher presa dentro de mim! Mulher essa que está prestes a arruinar a minha vida, e a minha reputação pessoal e a carreira de advogada, que me custou muito para conquistá-lo. 

Sem contar o meu casamento, porque a partir daquele dia a minha vida virou um pesadelo, Doutor! 

     — Porque pesadelo? 

     — Porque quando me transformo em Elisa, esqueço que eu sou uma dona de casa e casada com um delegado. Imagina se ele descobrir? Como será minha reputação, meu marido não me perdoará sem contar que a minha outra metade pode estar envolvida em três assassinatos! 

       — Como assim? Perguntou Cristóvão Cruz, que ficou mais surpreso. 

       — Acontece, que a minha outra face envolveu-se com três jovens que foram brutalmente assassinados. Além disso, meu marido é  responsável pelas investigações destes 

assassinatos. 

       — O que faz você pensar que a sua outra face pode estar envolvida nestes assassinatos? 

       — Bom, eu só descobri tempos depois quando fui juntando as peças deste quebra cabeça. Eu achava que sonhava, mas aí quando lia as manchetes nas páginas policiais que dizia! 

“Jovem é assassinado misteriosamente de forma brutal”. E quando a minha memória reagia, vinha à tona do que a minha outra face fazia. E no dia seguinte, eu me dava conta ser a mulher da capa preta! Por isso que estou desesperada procurando ajuda com o senhor!

        — É, faz sentido, bom o seu problema é crônico, e terá que fazer um tratamento! 

        — Quanto eu devo por esta consulta?  

        — Se aceitar fazer um tratamento vai pagar pelo  tratamento, porque terá que vir diversas vezes, o que acha disso? 

       — É claro, que sim Dr. Só me diz o que tenho que fazer e quando devo vir? 

       — Que tal todas as quintas feiras neste mesmo horário?  

        — Pra mim está ótimo! 

        — Semana que vem quando vier procure lembrar tudo o que aconteceu na sua infância, e adolescência, me conte todos os detalhes da sua vida  

        — É necessário? 

        — É sim, porque seu problema é crônico, está havendo um bloqueio na memória. E deve ter sofrido algo de muito grave na sua infância, tipo abuso sexual, ou uma rejeição de seus pais, por isso que é muito importante que me conte tudo pra que eu possa te ajudar, combinado 

     — Sim Doutor!

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