+ . • . Enlouquecido . • . +

[ Duas horas depois de descobrir o problema ... ]

- Então está dizendo quê o deixaram na sua porta dentro deste carrinho? - Apontei para o carrinho de bebê atrás do sofá.

- Exatamente.

- Já checou as câmeras de segurança? Como podem ter entrado e ninguém viu?

- Há uma passagem para famosos na parte de trás, com um elevador e sem câmeras. - Ele responde esfregando as têmporas.

Ele olha para o menino brincando em meu colo e balança a cabeça em sinal de negação.

- Era alguém que te conhecia, e também acho que você pode ter algo haver com esse pequeno. - Digo entregando o coelhinho de pelúcia que o garoto joga pra todo lado.

- Não, eu não posso.

- Pensa um pouco, ele deve ter mais ou menos um ano e meio, com quem você andava nessa época? - Questionei, mas só serviu para fundir ainda mais sua inquietude.

- Não importa se ele tem ou não algo haver comigo, não posso e não quero ser pai dele! - Gritou.

Entendia sua frustração, mas ele não poderia simplesmente gritar e esquecer que a criança não tinha a culpa por nada.

- Vai se acalmar agora, ou saia. - Disse enquanto distraia o pequeno para que não voltasse a chorar. - Dê uma volta e quando estiver mais calmo volte para resolver isso.

- Eu ...

- Apenas vá. Não vê que está assustando o garoto. - Digo já de pé, balançando-o de um lado a outro.

- Eu ... eu vou. - Ele olhou-me mais uma vez e saiu batendo a porta do apartamento.

Depois de um segundo foi quê parei para pensar, ele havia me trancado e sabe-se lá quando voltaria.

Ótimo, não havia almoçado e também precisava jantar. Olhei para o garotinho e rezei pra que tivesse algo comestível e apropriado naquele lugar.

Revirando os armários descobri que ao contrário do quê sempre pensei, meu chefe possuía uma dispensa repleta de nada e uma geladeira com nada mais que água.

- Isso só pode ser brincadeira? - Sorria de nervoso.

Quebrei a cabeça imaginando como faria, eu até poderia passar a noite sem comer, de uma forma ou outra tinha fartado o estômago de porcarias quando fui de compras mais cedo. Agora tinha uma criança, que eu não fazia ideia de quanto tempo estava sem comer e muito menos sabia o quê dar pra ele.

- Certo bebê, estamos em uma situação complicada.

Tirei o celular do bolso, e pesquisei até encontrar o telefone da recepção do condomínio.

Tive então de passar com o vigilante, depois para a gerência e por fim, falei com a administração. Tudo para conseguir que abrissem a porta do apartamento.

- Obrigada. - Agradeci ao guarda que veio nos socorrer. - Tem algum telefone de restaurante aí? - Perguntei por se acaso.

Não era muito boa na cozinha e de qualquer forma eu não poderia sair para ir buscar e cozinhar no apartamento.

- Acho que tenho um cartão de visita aqui. - O guarda procurava pelos bolsos da calça. - Ah, aqui. -Me entregou, logo depois se retirando.

Olhei para os telefones no papel e liguei em seguida, agradecida por eles entregarem e depois pela recepção ter trago a porta tão rápido.

Paguei com o cartão corporativo, havia trago minha carteira, mas já me tinha feito a ideia de quê o CEO precisava ir sabendo que uma criança trás gastos e o dever de um pai descente, pelo menos, é sustentá-lo.

Depois de jantarmos um delicioso risoto de legumes, perguntei ao pequeno se ele queria mais, já quê havia comido com gosto.

- Que mais mamãe! - Disse alegremente.

Depois de eu quase cair da cadeira, me perguntei se estava louca ou tinha escutado aquilo mesmo.

Na pior da hipóteses, eu não queria saber.

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