Capítulo 01

Vicktória Quinn

O mês de julho chegou e com ele chegou minhas mais aguardadas férias. Um bom tempo para relaxar e curtir o sol, o mar e nada melhor para isso que a belíssima cidade de San Diego, lugar onde minha amiga Lena, ou melhor, sua família tem uma casa de praia.

Depois de anos de insistência da Lena para visitá-la em seu refúgio feliz, aqui estou eu de malas prontas, prestes a embarcar para uma cidade que só conheço por foto e aproveitar os meus merecidos dias de descanso.

Conheci Lena na faculdade, eu cursando engenharia de computação e ela designer. Como nós duas estávamos longe de casa e da família nos tornamos muito íntimas, tanto que pelo que já ouvi sobre sua família, é como se já os conhecesse pessoalmente. Mas todo esse tempo eu só conheci sua mãe Aretha, que foi nos visitar uma vez quando estávamos no campus. 

Minha mãe vive no Brasil, com seu novo marido o jogador de futebol Eric, já o meu pai, esse continua levando sua vida sozinho e acredito que ainda ame minha mãe; por isso não se casou outra vez. Ele vive para seu trabalho, ele é detetive no distrito 51 do departamento de polícia de Chicago, estado de Illinois

O distrito policial é dividido por dois grupos de operações: O trabalho normal da polícia que envolve policiais fardados, realizando patrulhas diariamente e o grupo em que meu pai faz parte. A unidade de inteligência, que é composta por oficiais e detetives que investigam, combatem os maiores crimes da cidade, incluindo assassinatos, tráfico de drogas e ações do crime organizado. Suponho que foi devido a todas essas emoções que o casamento do meu pai com minha mãe chegou ao fim.

Hoje ela vive uma vida tranquila, já que sua preocupação é apenas estar linda e impecável quando sair nas capas de revistas ao lado do grande artilheiro.

Ela está sempre viajando, horas está no Brasil e quando se pensa que não, está em Miami curtindo sua grande mansão. Apesar de ser uma grande arquiteta, minha mãe ficou famosa mesmo depois do seu envolvimento com Eric Franklin. Os dois se dão bem e parecem felizes, mas eu sempre me dei bem com meu pai, e após a conclusão da faculdade preferi ficar em Chicago, onde trabalho em uma empresa de informática, mas meu sonho mesmo é trabalhar em uma grande empresa de tecnologia; onde eu possa criar meus brinquedinhos. Amo a informática e tudo que a tecnologia pode nos proporcionar, todas as coisas que podemos fazer e aperfeiçoar, fazendo com que pessoas tenham mais segurança, mobilidade e até mesmo saúde.

Meu celular vibra em minha mão, enquanto faço o check-in e quando vejo há uma mensagem da minha amiga louquinha.

Lena: Amiga, espero que tenha colocado vários biquínis na sua mala. Já estou             aqui esperando você.

Ela me manda uma foto sua saindo da praia, vestida em um minúsculo biquíni preto com bolinhas brancas, amarrados por finas tirinhas do lado. A parte de cima é igualmente pequeno, mal cobrindo seus seios. A bicha está toda estilosa, usando óculos escuros e claro que ela não dispensa as suas joias, nem mesmo quando vai à praia. 

Amo essa louquinha…

Lena: Vê se chega logo para me fazer companhia, não aguento mais ser a única mulher.

Vicktória: E quem mais está aí?

Lena: Meus irmãos. Às vezes queria ser filha única igual você, ninguém aguenta esses três trogloditas o tempo todo falando merda. Até com meu biquíni eles implicam.

Meu Deus! Os irmãos estão lá. Não conheci pessoalmente nenhum dos três, mas já vi muitas fotos e já ouvi tanto a Lena falar sobre eles, que estou sentindo até um friozinho na barriga.

O Rainer é o mais velho junto com seu gêmeo Raiff e segundo Lena, o Rainer é o mais extrovertido, oposto de seu gêmeo. Rainer é advogado assim como seu pai e trabalha em uma das unidades Snow em Nova York, já o Raiff é médico como a mãe e se especializou em Obstetrícia, trabalha em um hospital também em Nova York. Todos eles mantêm residência fixa lá, mas sempre que podem eles voam para Califórnia. E tem o Peter, esse é empresário e dono de praticamente toda Manhattan.

Pelo que minha amiga disse e tudo que curiosamente li, Peter é o mais afastado da família. Ele assim como todos os outros foi adotado, mas diferente dos irmãos, ele foi adotado já com 8 anos. O homem é lindo de morrer, mas sempre está sozinho nas fotos que tiram dele, Lena diz que ele é muito discreto e não gosta de aparecer.

Ela me disse que ele já foi noivo, porém foi traído por sua noiva na véspera do casamento, depois disso nunca mais assumiu nenhum outro compromisso. Só sei que o homem me conquistou, não só pelo seu sorriso devastador e o corpo digno de um modelo, mas também pelo seu trabalho, não só como empresário o qual está entre os melhores do mundo, mas também pelo seu trabalho filantrópico. Trabalho esse, que soube pela Lena, já que o mesmo não costuma divulgar esse seu lado.

Peter Snow é sim, um homem completo e não é à toa que muitas mulheres suspiram por ele e eu claro, sou uma delas!

Sentada em minha poltrona fecho os meus olhos onde posso ver em minha mente sua nítida imagem. Sinto um friozinho na espinha por antecipação, por não acreditar que hoje irei conhecê-lo. Meus batimentos cardíacos até aceleram. Em meus 23 anos, nunca, nenhum homem teve esse poder sobre mim! Mas esse homem em especial, me faz sentir coisas que fico até pasma, com por exemplo: acordar com a calcinha molhada após um sonho quente com o senhor todo sexy e poderoso Snow.

Não sou uma garota tão para frente como Lena, já namorei alguns rapazes na minha época da faculdade, até mesmo aqui em Chicago andei saindo com um detetive do mesmo grupo do meu pai. Ele é lindo e muito atencioso, porém quando eu preciso dar o passo seguinte no relacionamento me b**e o pânico e acabo desistindo.

Por isso, em pleno século 21, eu em meus plenos 23 anos ainda sou uma virgem e pelo visto, vou morrer assim. Coloco meus fones no ouvido ligando minha playlist favorita, escolho uma música do Bruno Mars: Count on Me, começando a cantar baixinho mexendo apenas meus lábios, fechando os meus olhos e viajando na minha imaginação que me leva até um certo cara de olhos cinzas, cabelos acobreados e um corpinho hummm… melhor parar por aqui.

O voo de Chicago para San Diego mesmo com uma duração de quase 6 horas, ainda consigo chegar no início da tarde, já que Chicago está duas horas à frente de San Diego. Antes mesmo de pegar minhas malas, vejo o furacão loiro vindo saltitante em minha direção. Lena tem horas que parece uma criança!

Vejo um homem que parece um paredão caminhando logo atrás da mesma, com uma cara séria e não reconheço quem seja, mas pelo jeito não é um namorado já que ele mais parece um segurança. 

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