Capítulo 4

Todos comeram bem o que foi deixado para eles pela garota estranha mas fascinante na opinião do rei Erik, porém esse sentimento de que tudo ficaria bem iria sumir logo logo. A tribo nativa e muito agressiva que vive no outro lado da ilha estava a procura de animais ou qualquer coisa viva para oferecer de sacrifício e festejar pelo nascimento do filho do líder deles. Idália passou a noite preocupada com Brayan e sua perna, Clóvis já estava bem, mesmo machucado estava melhor que o colega pelo menos.

Frederico que ficou de vigia correu até onde eles estavam dizendo para correrem rápido porque os nativos estavam perto e vindo naquela direção.

Clóvis e Frederico ajudaram Brayan a se levantar, Idália e Erik se levantam prestes a correr com os outros quando eles foram vistos e logo cercados. Clóvis e Frederico pararam esperando por eles, os nativos não os viram, viram apenas Erik e Idália. Vendo aquela situação o rei se virou para o amigo que impedido de andar por causa da ferida tentou mandar Frederico ou Clóvis até eles para os ajudar, apenas com um olhar os dois entenderam a ordem de não pararem.

Os nativos tentaram atacar mas Erik conseguiu puxar Idália desviando de um deles, quando eles foram correr ele foi cercado de novo sem que os outros percebam, Idália parou de correr alguns metros depois de onde Erik ficou, três nativos foram atrás dela e o rei gritou a ordem para ela correr. Assustada, em desespero de salvar sua vida e tendo que obedecer as ordens do seu rei, levantou o vestido surrado de criada e saiu dali correndo o mais rápido que pode a procura dos três homens.

Depois que ela sumiu de sua vista Erik voltou a se preocupar com sua própria vida, mas é tarde com três lanças contra o corpo dele e uma faca feita de pedra lascada pressionando em ameaça contra sua garganta. E então algo duro atinge sua cabeça com força pelas costas o fazendo desmaiar.

Ao acordar finalmente Erik não pode se mexer, suas mãos estavam presas no alto da cabeça e pés juntos bem amarrados, quando abriu os olhos respirando rápido viu que estava sem a camisa e com o corpo pintado. Preso numa estação alta de madeira em cima de lenha viu claramente os nativos celebrando em volta dele, as tochas acesas por eles iluminavam tudo no meio da selva. Sentiu frio e um pouco de dor visto que estava todo esticado e erguido ali no meio daquilo seja lá o que fosse que eles estavam fazendo.

Em meio aquilo tudo, sem conseguir se soltar Erik sente um olhar vindo do alto na direção dele, levantou a cabeça mesmo com dor por causa da pancada que levou, procurou nos galhos e achou um par de olhos brilhantes iluminado pelas chamas. É a garota novamente, ele pensou em desvia seu olhar para não a denunciar afinal embora fossem nativos selvagens eles ainda tinham cérebro. Não foi preciso, ela sumiu e ele não a viu mais.

Os nativos já estavam se preparando para tacar fogo e fazer churrasquinho dele quando por trás dele vem um rugido alto de urso. Erik teria se mijado todo se naquele momento ele não tivesse a visto escondidinha lá no canto no meio das árvores a garota que ele agora se deu conta de que ele nunca perguntou seu nome sendo que é a terceira vez que ela o salvava no mesmo dia.

O urso assustou os nativos fazendo a maioria deles fugirem, os poucos que ficaram estava armados tentando atacar o urso, nesse momento de distração a garota estranha e encantadora correu para o soltar. Ela usou uma faca pequena para cordar o cipó forte usado e a proximidade dela faz ele ficar estático a olhando.

- Merda de cipó grosso

Ela forçou mais e seu corpo se aproxima mais do homem ainda preso, finalmente conseguiu solta-lo por completo, precisou o segura para não cair no momento que seus pulsos perdem o que o mantinha preso ali no ar. Erik se segurou na madeira e olhou em seus olhos dela, de repente ele é cheio por uma vontade de a beijar, mas então ela olhou para trás vendo o urso e empurrou ele para descerem dali. 

Eles caem no chão e ele se desequilibra, mas ela não, caiu e já correu esperando que ele a acompanhe, o rei cambaleia atrás dela pela floresta escura. A garota parou e o puxa virando para correrem para o outro lado a direita deles. 

- Para onde estamos indo?!

- Limpar essa tinta toda, nos esconder e esperar o Hércules!

- Quem é Hércules?!

- O urso oras! 

Ela gritou com o homem que corria logo atrás dela até que chegaram perto daquele lago de novo, o puxou  até uma fenda enorme escondida por trás das pedras quase embaixo de onde a água caia. Ele entrou na água limpando rapidamente aquilo da pele dele para depois entrar rápido na fenda. Ela olhou para ele o assustando quando ela praticamente avançou nele procurando alguma coisa na cabeça dele, ela suspira e se sentou.

- Pra sua sorte apenas deu um galo, poderia ser bem pior 

Ele passou a mão no local do golpe e sentiu o volume do inchaço na sua cabeça que doía, bem ele estava vivo e com todos os membros do corpo, isso que importava.

- Obrigado, de novo. Qual o seu nome?

- Sou Bella

- Bella, nome bonito combina com você

- E você?!

- Rei Erik Abrahamsen 

- Vocês sempre usam suas posições hierárquicas para se apresentar?!

Ele fica surpreso com aquilo, esperava que ela tivesse uma reação diferente, talvez ficasse admirada por salvar o rei. Mas não, apenas estranhou o fato dele ter dito que era o rei o fazendo ficar com vergonha e sem resposta.

- Só Erik então?

- Espera, então está dizendo agora que eu posso te chamar de Erik apenas? 

- Sim, você pode Bella

Ele gostou de dizer seu nome, até mesmo gostou dessa situação pós quase ter sido queimado vivo por aquele grupo de nativos selvagens. Decidiu não perguntar nada sobre ela vendo que parecia querer ficar quieta ao invés de conversar, mas ele não conseguiu conter a sua curiosidade em relação aos animais.

- Então uma pantera, um urso, o que mais? Um javali?

- Não. Um pavão, uma raposa e um papagaio

- Nossa

Decidiu finalmente ficar quieto apenas a observando, reparou os traços jovens dela e acredita que tenha no máximo uns vinte e quatro anos, por estar presa aqui e sozinha obviamente solteira e sem filhos, forte e ótima com arco e flecha, o cabelo castanho estava por dentro das roupas então sequer tinha como saber o comprimento. Ele lamentou para si por não conseguir observar seu corpo para definir quais curvas dele deveria ter pela quantidade de roupas grossas que usava para a proteger do frio.

Frio, ele sentia muito frio agora longe do fogo, e para piorar estava apenas de calça e todos molhado, ele torcia para que o tal urso que ela esperava chegasse logo para que saíssem dali.

- Ele já está chegando

Ela tirou a própria capa grossa e entrega para ele vendo que tremia de frio, se cobriu encolhendo dentro da capa grossa. Antes que pudesse agradecer Bella saiu da fenda o deixando sozinho.

- Ele já chegou, me espere aqui

Antes que Bella chegasse ao urso o animal saiu correndo amedrontado com o som alto que Bella não soube assimilar o que era. Então Erik apareceu saindo da fenda com um sorriso grande no rosto, os passos que ela pode ouvir já a fazem entender o que era.

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